Para a
comunidade LGBT, os primeiros sinais de
preconceito, por vezes, vêm de dentro da própria casa.
A não aceitação pode gerar uma convivência insuportável e culminar na expulsão do seio familiar.
Com o objetivo de ajudar essas pessoas, um grupo de universitários pernambucanos criou o aplicativo Mona Migs.
“Nós conhecemos algumas pessoas que foram expulsas de casa por ‘LGBTfobia’ e tínhamos o desejo de ajudá-las diretamente a encontrar algum tipo de apoio, mas nem sempre podíamos”, explica Nathalia Paiva Lima, uma das criadoras do projeto.
A pessoa que pretender ceder sua casa se cadastra com o nome, e-mail, telefone e a rede social. Já a pessoa que busca um novo lar, apresenta o nome e a rede social. Por meio do aplicativo, ambos serão notificados e poderão conversar, via rede social, e decidir se seguirão em frente com o processo de acolhimento.
“Segundo a nossa pesquisa, verificamos que realmente existe um número expressivo de pessoas que foram expulsas de casa por sua sexualidade, mas que também existe um número impressionante de pessoas dispostas a ajudar recebendo-as em suas casas”, relata Nathalia. Além do abrigo em si, a equipe criadora do aplicativo ainda tenta viabilizar com projetos sociais um acompanhamento psicológico e social com os acolhidos.
Por enquanto,
por meio do site, é possível realizar o cadastro e enviar mensagens. Muitas delas, com depoimentos de pessoas que passaram por experiências de homofobia. A equipe já tem reunião marcada com representantes de Ministério Público de Pernambuco para providenciar todas as condições legais para os futuros acolhimentos promovidos pelo Mona Migs.
O Aplicativo ainda busca também investidores que ajudem em sua implantação.