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APOGLBT envia nota à imprensa sobre agressão a presidente

A Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLB-SP) enviou nesta terça-feira (12) nota à imprensa para se manifestar em relação à agressão sofrida por seu presidente, Alexandre Santos, o Xande, na tarde da última segunda-feira (11).

Segundo a nota, Xande foi abordado por um homem enquanto trabalhava na sede da entidade, que fica na região central da capital paulista. O assaltante agrediu o presidente, desferindo-lhe um golpe na cabeça, o que o fez perder os sentidos. Após recobrar a consciência, Xande percebeu que estava amarrado a uma cadeira, vedado, amordaçado e com um saco cobrindo sua cabeça. Ajudado por diretores da própria ONG, o presidente chamou a polícia e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Foram roubados cerca de R$ 4 mil reais do cofre da APOGLBT. O caso foi registrado na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), onde foi feito um Boletim de Ocorrência no mesmo dia, e está sendo investigado pelo 3º DP, localizado no Centro de São Paulo.

Abaixo, você lê a nota na íntegra:

” A Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT-SP) vem manifestar-se em relação ao episódio de violência sofrido, em 11 de fevereiro de 2008, pela entidade e por seu presidente Alexandre Santos (Xande).

Ontem, uma segunda-feira, por volta de 12h30, o presidente da entidade encontrava-se trabalhando na sede da APOGLBT, na região da Praça da República, quando foi surpreendido por um indivíduo de voz masculina, encostando um objeto em seu pescoço, que Xande presumiu ser uma arma de fogo, pois estava de costas ao ser abordado. O indivíduo anunciou o assalto, pedindo a chave do cofre, o que revela conhecimento anterior da sede, e referindo-se a Xande como “sapatão do caralho”, embora seja um transexual masculino.

Logo depois, o bandido amordaçou e vendou Xande, desferindo-lhe um golpe na cabeça, que o fez perder os sentidos. Quando Xande acordou, por volta de 14h30, encontrava-se amarrado a uma cadeira, vendado, amordaçado e com um saco cobrindo sua cabeça. Foi socorrido por outra pessoa da Diretoria da entidade e por funcionários de outras ONGs que dividem o andar com a APOGLBT-SP. Solto, Xande chamou a polícia, o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e outras voluntárias da entidade.

Quando a polícia chegou, verificou-se que o conteúdo do cofre havia sido roubado. Tratava-se de um valor em torno de R$ 4.000,00, relativo a projeto de prevenção desenvolvido pela instituição. Xande, acompanhado por voluntárias da entidade, foi imediatamente levado à Santa Casa pelo SAMU, onde realizou exames que atestaram que não havia sofrido danos à sua saúde que justificassem internação, sendo liberado por volta de 20h00.

O caso foi registrado na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), onde foi feito um Boletim de Ocorrência no mesmo dia. Ainda no mesmo dia, peritos da polícia compareceram à entidade, realizando a perícia no local. Segundo orientações dos profissionais da Decradi, a investigação deve seguir pelo 3º. DP, localizado no Centro de São Paulo, abrangendo a região da sede da APOGLBT-SP.

Agradecemos o apoio da Polícia Militar de São Paulo, dos profissionais da Decradi e do 3º. DP e do SAMU, que prestaram imediato atendimento à APOGLBT-SP e a seu presidente. Agradecemos também o apoio dos companheiros do Fórum Paulista GLBTT de São Paulo, da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais) e de todas as outras ONG, entidades e ativistas que manifestaram solidariedade frente ao ocorrido e se disponibilizaram a nos auxiliar.

Lamentamos a violência sofrida pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, demonstrando a vulnerabilidade a que ativistas que lutam pelos direitos de GLBTT estão expostos, bem como a própria comunidade. A APOGLBT-SP espera que o resultado das investigações esclareça o caso, apontando os responsáveis pelo lastimável ato de violência sofrido pela entidade e seu presidente. Informamos ainda que os procedimentos necessários para que a investigação transcorra têm sido tomados desde então. Certos de que a polícia envidará esforços no sentido de esclarecer o ocorrido, ficamos na expectativa de uma apuração ágil dos fatos.”

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