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Após 2 anos presa, de ser torturada e violada sexualmente, Verônica Bolina consegue liberdade

O caso de Verônica Bolina ganhou repercussão nacional em 2015, depois que fotos da travesti com o rosto desfigurado circularam nas redes sociais. Presa, acusada de tentar agredir fisicamente uma idosa no prédio onde morava na Rua Frei Caneca, em São Paulo, Verônica conseguiu liberdade na semana passada. À época dos fatos, Verônica foi violentada pelos policiais que, depois de agredi-la, divulgou fotos do seu rosto desfigurado, com o cabelo cortado e partes do corpo à mostra. Pesava contra Bolina ainda acusações de agressão a outra trans e de arrancar com a boca metade da orelha de um policial. Ao G1, ela contou que não era ela quem estava agindo daquele jeito e sim “outra pessoa” que a “controlava”. “Eu escutei uma voz que me disse: ‘Eu quero a orelha’. Quando a voz falou da orelha, eu já fui igual um cachorro e já fui na orelha”, disse Bolina, que conseguiu liberdade após ser diagnosticada com transtorno de personalidade. Ela revelou ainda que a violência contra o agente foi uma reação a um chute que levou do mesmo. De acordo com seu relato, além das agressões físicas, ela foi vítima de violência sexual com um cabo de vassoura. Por conta das torturas, ela teve uma das mamas machucadas. Livre, Verônica conta que pretende escrever um livro e se aprofundar ainda mais no espiritismo, doutrina que conheceu durante o tempo em que ficou reclusa. Os policiais acusados de torturá-la continuam sob investigação, aguardando julgamento.

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