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Após ataque terrorista, Laerte Coutinho diz que Charlie Hebdo é patrimônio da humanidade

O ataque terrorista islâmico que matou na terça-feira (7) 12 profissionais que trabalhavam na revista francesa "Charlie Hebdo", dentre elas dez jornalistas e dois policiais, chocou a sociedade, a imprensa e vários cartunistas brasileiros.

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O ataque tinha como pretexto "vingar Maomé", por conta dos vários cartuns da publicação que falavam sobre intolerância religiosa, censura e radicalismos. Em uma das capas, de novembro de 2011, está retratado Maomé beijando um dos cartunistas.

No Brasil, Laerte Coutinho declarou à Globo News que está "chocada" e que o momento é de se solidarizar com a publicação, "um patrimônio da humanidade, um jornal importantíssimo da história do humorismo e do jornalismo combatível", e que contribuiu para a sua formação.

"Foi decisivo. Mudou a minha vida. Conhecer o trabalho dessas pessoas ilumina as possibilidades na vida da gente, numa época em que eu estava em formação. Gostava muito de desenhar, mas não sabia o que fazer com o desenho. Essas pessoas emitiam uma luz orientadora", declarou.

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Dentre os mortos, está o renomado jornalista George Wolinski, de 80 anos, cujas charges tinham alto teor político e erótico.

Criou, por exemplo, a personagem Paulette – uma mulher que aprisionava a alma de um velho rabugento – e o Mon Beauf – um caipirinha que se transformou no sinônimo do francês racista e sexista.

No jornal Folha de São Paulo, Laerte, Angeli, Renato Machado, Orlando, Jean Galvão e Adão prestaram as suas homenagens.

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