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Após caso de racismo, Cruzeiro é denunciado por homofobia; entenda o caso

Depois que o Brasil se comoveu com o goleiro Aranha, que foi vítima de racismo ao ser chamado de "macaco" por uma torcedora do Grêmio, uma mulher lésbica denunciou o clube Cruzeiro por lesbofobia.

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Em entrevista ao programa CQC (Band), Lucineide Lage afirmou que tentou comprar uma cota para ela e a sua mulher serem associadas ao clube, mas foi informada no dia 26 de agosto que a união estável homossexual não poderia ser aceita pelo estatuto interno.

Para comprovar, ela gravou tudo e mostrou a conversa. "Eu disse que todos os lugares aceitavam a união homoafetiva, mas ele disse que para o Cruzeiro, não. Me senti constrangida e humilhada, porque só quero ter o meu direito", declarou.

No vídeo, Edmar – que dá as instruções sobre as regras do clube – afirma que o Cruzeiro não tem discriminação, mas que não pode aceitar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. "A união estável não é aceita, cada clube tem a sua ideologia", afirmou. "É o estatuto do preconceito", rebateu. 

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A advogada Athaynar Barbosa informou que a ação do clube fere a Constituição, os direitos fundamentais e a dignidade humana. Já o advogado Eudson Justiniano declarou que o clube pode ser multado e até penalizado. "O regimento do clube não pode bater de frente com uma lei suprema", frisou.

Ao fim da atração, o repórter Oscar Filho afirmou que sofreu vários ataques na rede por abordar a homofobia no programa. Dentre eles, um internauta escreveu que não dá para comparar "racismo" com "homofobia". 

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