Voltado ao público masculino, o site "Papo de Homem" divulgou um artigo da jornalista Brenda Fucuta em que tenta dar "3 motivos para héteros não terem medo de gays".
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O artigo foi baseado no estudo "Você tem medo de quê" e mostra que, apesar de o Brasil não considerar a homossexualidade crime, "nós, brasileiros, temos medo da homossexualidade", "somos um dos países mais homofóbicos do mundo".
A jornalista conta que no fim de 2014 se reuniu com Caio Coimbra, Julio Fucuta, a pesquisadora Marcela Malzone e parceiros da agência Design de Causas para estudar medo e homofobia. E da reunião com 35 jovens, doze militantes e estudiosos do assunto, conseguiu encontrar três motivos para héteros não ter medo de gays.
No primeiro motivo, ela diz que "Gay tem medo de morrer", enquanto "hétero tem medo de ver menino usando saia". E explica que enquanto um tem fundamento – ", uma vez que a Secretaria de Direitos Humanos diz que 388 pessoas homossexuais e trans foram mortas em 2012 – o outro simplesmente não tem.
O segundo é sobre uma "aposta na nossa capacidade de fazer piadas mais engraçadas". "Um dos caras confessou que se preocupa, se sente vigiado na hora de fazer brincadeiras com as palavras gay, bicha, viado. (…) Como disse Bruna, de 10 anos, 'O menino não consegue subir na árvore, é gay. Não joga bem futebol, é gay'. Acho isso errado. Não tem nada a ver essas coisas com ser gay".
Já o terceiro e último é mais fofo: "O amor é inclusivo". "Como diz o escritor Andrew Solomon, 'não acredito em formas de amor não inclusivas. Se é para acreditar que o amor deve reger o nosso ideal das relações, por que incentivamos políticas e crenças que excluem?
No texto, a jornalista também faz uma reflexão sobre discursos corriqueiros cercados de homofobia: "Eu respeito, mas não acho legal. Quantas vezes a gente ouve essa frase? Imagine passar a vida com ela. Tem um truque fácil de inversão de papéis que sempre funciona quando se fala de preconceito. Troquem a homossexualidade por qualquer outra característica: cor da pele, peso corporal, religião, estado de origem. "Eu respeito os evangélicos, mas não acho legal." "Eu respeito os índios, mas não acho legal." "Eu respeito as mulheres, mas não acho legal que elas tenham os mesmos direitos que os homens. Ui! Dói o ouvido? Pois é disso que estamos falando: rejeição".