Drag queens do mundo todo estão revoltadas com a nova política do Facebook, que exige que seus usuários se identifiquem com o nome do RG na rede social – e que excluem usuários (muitas vezes sem aviso prévio) que usem o nome artístico ou social.
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Em São Francisco, na Califórnia, ativistas da comunidade LGBT se reuniram na quarta-feira (18) com representantes da rede social. Mas de acordo com Sister Roma (foto abaixo) o encontro foi apenas "ok" e não conquistou nenhuma mudança.
No Brasil, a drag queen Tchaka (foto ao lado) também quer se encontrar com os representantes e dizer os motivos de a política desrespeitar o grupo. Ela afirma que utiliza a rede social para manter contato com fãs e clientes e que já teve dois perfis com 5 mil seguidores cada um deletados.
"Um foi deletado no fim de 2013 sem qualquer aviso. E, agora, no começo de 2014, o Face avisou que iria deletar caso o meu nome não fosse o correto. Claro que não mudei e eles deletaram. Consegui recuperar, mas tive que transformar em fan page", conta.
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O site afirma que a intenção é impossibilitar que criminosos se escondam atrás de perfis e nomes fakes. Mas as drags acreditam que se trata apenas de uma ação para que elas migrem para a fan page (cujo alcance é de apenas 13%, ao contrário dos 70% do perfil) e que paguem para promover as publicações.
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Algumas artistas, tais como Penelopy Jean e Rita Von Hunty, usaram o nome do RG e com o nome de drag entre parênteses. Outras, como Ginger Hot, já migraram para a fan page. E muitas – que não vamos expor por motivos óbvios – ainda não foram notificadas pelo Facebook.
O A CAPA entrou em contato com a assessoria do Facebook no Brasil e não obteve resposta até o momento.