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Após quebra de patente, laboratório quer negociar preço de retroviral com Brasil

Ontem, terça-feira 8, o laboratório estadunidense Merck, Sharp & Dohme divulgou nota em que confirma sua disposição em continuar negociando com autoridades brasileiras sobre o acesso ao medicamento anti-Aids Efavirenz, produzido pela farmacêutica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no começo da tarde da última sexta feira, 4 de maio, um decreto que concede licenciamento compulsório (quebra de patente) ao medicamento anti-Aids Efavirenz. Com a decisão, o Brasil poderá comprar versões mais baratas do remédio de outras empresas ou ainda produzi-lo.

O governo tem negociado desde novembro a redução do preço do retroviral, de US$ 1,59 para US$ 0,65 por comprimido de 600mg, o que geraria uma economia para o governo brasileiro estimada em US$ 30 milhões anuais. Até hoje, poucos países precisaram quebrar patentes a fim de baixar os custos dos tratamentos, como Indonésia, Malásia, Tailândia e Moçambique.

O presidente-executivo da farmacêutica informou enquanto participava de uma conferência na Alemanha que ainda pretende trabalhar com o governo brasileiro para chegar a uma solução. “Estamos sempre abertos a diálogos e a discussões com o governo brasileiro. Ainda tenho esperanças com o futuro.”

Já o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, anunciou que sua fundação fechou acordo com duas empresas farmacêuticas indianas para fornecimento de remédios anti-Aids mais baratos para 66 países em desenvolvimento, entre eles o Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, no início do próximo mês, o anti-Aids indiano já estará sendo importado para o País, em substituição ao Efavirenz. Há projetos para que a droga seja fabricada aqui ano que vem.

 

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