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Após recuo de propostas LGBT, Marina Silva é elogiada por Malafaia e criticada por Jean Wyllys

Depois retirar e mudar algumas das propostas pró-LGBT de seu programa de governo, a candidata à presidência Marina Silva (PSB) recebeu elogios do pastor Silas Malafaia e críticas do candidato a deputado federal Jean Wyllys.

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Em seu Twitter, Malafaia comemorou o fato de a presidenciável ter recuado em várias das propostas que dão direitos ao grupo LGBT e ainda cutucou Wyllys.

O pastor escreveu: "O ativismo gay está irado com a Marina. Começo a ficar satisfeito (risos). Valeu a pressão de todos, não estamos aqui para engolir agenda gay. Avisa ao Jean Wyllys que Marina não recuou por causa dos meus tuítes e, sim, devido a pressão dos cristão que são maioria no Brasil. Os gays não lutam pela sua agenda? Sim, isso é democrático. Já viram o recuo de Marina devido as posições do povo de Deus? É democrático".

Jean, que havia elogiado o primeiro programa na sexta-feira (29), lamentou o recuo: "Tem políticos que descumprem suas propostas de campanha depois de eleitos. Marina já fez isso mais de um mês antes do primeiro turno. É com essa autoridade, de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro. Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas".

ENTENDA

O imbróglio ocorreu depois que a candidata divulgou nessa sexta-feira o plano de governo que contemplava várias pautas para a comunidade LGBT – bem como o casamento igualitário, a lei contra a homofobia e o comprometimento com a Lei João Nery (a lei de identidade de gênero).

Na ocasião, enquanto muitos da comunidade LGBT comemoraram, Malafaia criticou e disse que faria um discurso para detonar Marina. "Se Marina não se posicionar até segunda, na terça será a mais dura e contundente fala que já dei até hoje sobre um candidato a presidente", ameaçou o líder da Assembléia de Deus Vitória em Cristo.

Um dia depois, a presidenciável fez as alterações e retirou trechos, como o apoio ao casamento gay, que entra agora como uma defesa de união civil. Desta vez, foi a vez de Jean criticar: "Vocês já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma 'lei de união de negros'? Isso é cruel Marina".

A candidata garante que as alterações não foram feitas por pressão. Em nota, a campanha afirmou que o documento anunciado na sexta-feira continha "falha processual na editoração" e que "incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação".

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