O ator Claudio Lins, que entrou na novela Babilônia, da TV Globo, para substituir a lacuna que ficou desde que Carlos Alberto (Marcos Pasquim) "deixou de ser gay", declarou que não entende por que existe polêmica sobre personagens LGBT nas novelas. Principalmente porque a história é a mesma de qualquer casal hétero.
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Na trama, o ator interpreta Sérgio, irmão de Carlos Alberto, que vai se envolver com Ivan (Marcello de Melo Jr). No roteiro original, era Carlos Alberto quem seria par romântico, mas uma pesquisa mostrou que as mulheres não queriam ver Pasquim – um típico galã heterossexual – num papel gay.
Em entrevista ao jornal Extra, Claudio declarou que não teme que os telespectadores rejeitem também o seu personagem. "Não consigo imaginar que algo assim possa acontecer. Se contassem essa trama do ponto de vista de um casal heterossexual, seria uma história de amor. E essa relação é uma história de amor, de paixão à primeira vista, como qualquer outra".
Aos 42 anos, ele declara que não sabe se a sociedade está mais conservadora. "Eu me pergunto se o mundo está mais careta ou se a percepção dele é que está careta. A internet deu voz a uma multidão que não era escutada lá atrás. Aliás, a proposta da novela é fazer com que esse assunto deixe de ser polêmico um dia".
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O ator, que é pai de Mariano, de três anos, afirmou ainda que a homossexualidade é tratada de maneira tão natural em sua casa que não acredite que precise explicar nada para o filho. Até porque ele e a esposa Alexandra Di Calafiori – com quem está junto há 12 anos – são sócios do clube Galeria Café, no Rio de Janeiro, que é voltado para o público LGBT. "A casa não foi criada para ser uma boate gay, mas é muito frequentada pelo G (gays), pelo L (lésbicas) e pelo S (simpatizantes). Assim que terminei meu primeiro casamento, eu caí na noite. E ela logo se tornou a minha boate preferida. Não sou gay. Eu me encaixava no S", afirma com bom-humor.
