O Fischerspooner deu um show ontem. E não foi show naquele sentido de "banda que se apresenta ao vivo". Além do eletrorock, os caras investiram pesado nas performances. Contaram com uma estrutura intimista. O que se viu ali no palco da Bienal foi uma raridade e mistura de técnicas diferentes de arte. O espetáculo levou pra longe o clima que pairou sobre o lugar após um grupo ter pichado uma parte do segundo andar da exposição.
Explosão de cores. Expressões corporais. Vídeos experimentais. Visual meio futurista, meio anos oitenta. Performance. Estas são algumas palavras que não podem faltar em um texto para descrever o show que Fischerspooner deu.
Há entrega dos músico e artistas no palco, embora cada detalhe da apresentação seja pensado. Em uma das músicas, Casey Spooner deu um piti por causa de um cabelo despenteado de uma bailarina. "Ai, que cabelo é esse. Arruma isso", disse ele para uma das mulheres que dançavam. Enquanto um cabeleireiro penteava o cabelo da dançarina, outra mulher jogava o laquê. E o líder do grupo dizia "Sorry, imagem é tudo. É por isso que estamos aqui. Isso é arte, isso é cultura", afirmou.
Momentos altos do show ficaram por conta de hits como Emerge e Cloud, mas o melhor foi mesmo quando acabou a apresentação da banda. Talvez desacostumados com a frieza de outros públicos, ficaram surpresos quando ninguém da platéia arredou pé do local e uma sucessão de assobios e palmas seguiram ao término do show. Casey voltou ao palco. "Hey pessoal, é isso. Não temos mais nada programado. Acabou a nossa apresentação", disse. Com o tom de decepção do público depois dessas palavras, a banda não teve alternativa se não tocar de novo. Mostraram uma nova música e repetiram Emerge.
O site A Capa fez vídeos e fotos da apresentação da banda. Veja abaixo.
