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Arcebispo fala sobre presença de gays na Igreja e diz que homossexuais podem ser santos

Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, falo sobre a Igreja Católica e os temas polêmicos que sempre rondam a instituição. Dentre eles, a aceitação de pessoas homossexuais dentro da igreja e possível santidade.

De acordo com Hummes, em entrevista ao jornal Zero Hora, o papa Francisco – que é o seu amigo – leva uma mensagem atual e importante para os católicos LGBT. E que pode promover mudanças na igreja: "Se um homossexual busca Deus, quem sou eu para julgá-lo?".

"A pessoa tem de ser respeitada. Se ela tem uma orientação homossexual, o que isso significa na vida dela? Ela, na verdade, tem de viver dignamente a sua vida", defendeu o arcebispo.

Ao ser questionado se um homossexual pode atualmente ser padrinho de uma criança, por exemplo, ele diz: Não sei como os bispos estão aplicando isso, porque, em si, não tem nada a ver com isso, a não ser que fosse um pecador público, digamos assim, que fosse uma pessoa complicada nesse sentido".

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Ele diz que o padrinho é aquele que deve ajudar educar religiosamente e "que uma pessoa que tem orientação homossexual pode ser santo". "Se ele vive o evangelho, dentro das suas condições, ele pode ser um santo. Em tese, não tem nada contrário".

Mudanças

O arcebispo diz que Igreja preparada um questionário respondido pelo papa com questões sobre celibato, divórcio, homossexualidade e ordenação de mulheres e que ele será fornecidos até para que leigos leiam. Hummes afirma todavia que as pessoas devem acompanhar as mudanças passo a passo.

"A gente não deve ter pressa. É a Igreja quem tem que indicar o caminho e não a pessoa individual querer fazer reformas. Então, temos que ter paciência, mas o fato de que ele abriu essas portas mostra que a Igreja está querendo realmente ser mais positiva nessas questões".

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"E se Jesus vivesse hoje, ele seria a favor do casamento gay?". Ele evita responder: "Não sei, não faço nenhuma hipótese sobre isso. Quem deve responder isso é a Igreja em seu conjunto. Temos que cuidar para não ficar levantando questões individualmente, porque isso acaba criando mais dificuldades para a gente chegar numa conclusão que seja válida".

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