Uma criança argentina terá legalmente duas mães e um pai. Em decisão inédita, o país reconheceu na quinta-feira (23) a pluralidade dos formatos das famílias existentes e autorizou a tripla filiação.
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O menino, identificado pela agência France-Presse como Antonio, tem um ano e terá em sua certidão os três sobrenomes dos pais, Susana Guichal, de 39 anos, Valeria Gaete, 39, e Hernán Melazzi, 37.
"O Antonio é o primeiro caso na Argentina e na América Latina, e há muitos poucos antecedentes no mundo, um deles no Canadá, mas sem dúvida abre caminho para que se comece a debater isso no mundo todo", afirmou Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de LGBT.
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Paulon afirma estar orgulhoso da decisão e declarou que a filiação foi uma decisão administrativa do governo da província de Buenos Aires. "Nem sequer precisamos ir à justiça".
Um caso semelhante ocorreu no Brasil em 2014. Um juiz autorizou o registro de nascimento de um bebê com duas mães, um pai e seis avós em uma decisão única no país.