O projeto chamado de "cura gay" chega em votação no plenário da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (03). Enquanto isso, o governo mobiliza aliados para a total rejeição da proposta, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), que prevê o tratamento psicológico com o intuito da reversão da homossexualidade.
A rejeição do projeto depende da maioria simples dos votos. Basta ter quórum mínimo de 257 deputados para votar a medida. A rejeição ou aprovação do texto ocorre por maioria simples dos presentes.
"A Câmara reflete a sensibilidade da sociedade. O Brasil segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que exclui a interpretação sobre orientação sexual com o viés de doença. Esperamos que o projeto seja rejeitado pela Câmara. O importante é rejeitar e impedir que o projeto permaneça tramitando na Casa", declarou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, à Agencia Brasil.
O deputado Ivan Valente (SP), líder do Psol na Câmara, prometeu apresentar na terça-feira (02) um requerimento para aprovar em regime de urgência o projeto. Se aprovada, o texto segue direto para o plenário, com mais chances de rejeição, sem passar pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição, Justiça e Cidadania.
O aburdo projeto chegou a ser aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, cuja presidência é do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP).