Imam Muhsin Hendricks, um pioneiro na inclusão de comunidades LGBTQ+ no Islã, foi tragicamente assassinado. Sua morte, ocorrida em Gqeberha, África do Sul, em 15 de fevereiro de 2025, deixou um legado de amor e aceitação que continua a ressoar entre os casais inter-religiosos que ele uniu. Hendricks foi uma figura central para muitos, especialmente para aqueles que se sentiam excluídos de suas comunidades religiosas. Ele fundou a Majid Ul-Umam, a primeira mesquita inclusiva voltada para a comunidade LGBTQIA+ na região, onde promovia um espaço de acolhimento e solidariedade.
Os casais que se uniram sob sua orientação, como Safia e Ty Khan, destacam o impacto positivo que ele teve em suas vidas. Safia, uma muçulmana queer, recorda como Hendricks oferecia um lar para aqueles que foram rejeitados por suas famílias, preparando refeições e criando uma atmosfera onde todos se sentiam seguros e amados. Ty Khan, seu marido trans, expressa a dor e a incredulidade que sentiu ao saber da morte de Hendricks, enfatizando que ele sempre foi uma fonte de luz e esperança.
O ativismo de Hendricks não se limitou ao âmbito religioso; ele também lutou contra a violência direcionada à comunidade LGBTQIA+, especialmente após a fatwa de 2022 que condenava a homossexualidade, que muitos acreditam ter alimentado o ódio e a violência. Ao longo de sua vida, ele desafiou normas e preconceitos, promovendo um diálogo inter-religioso que uniu diferentes comunidades em torno do amor e da aceitação.
Após a sua morte, seus amigos e admiradores estão determinados a continuar seu legado, buscando justiça e promovendo a inclusão. Através de eventos e ações comunitárias, eles pretendem honrar a memória de Hendricks, reafirmando a necessidade de um espaço seguro para todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A luta de Hendricks se tornou um símbolo de resistência e esperança para muitos, mostrando que o amor e a aceitação são mais poderosos do que qualquer forma de ódio.
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