O assassinato do imã gay Muhsin Hendricks em Gqeberha, África do Sul, levantou preocupações sobre a possível motivação de ódio por trás do crime. O presidente Cyril Ramaphosa expressou suas condolências à família e amigos de Hendricks, e manifestou preocupação com a possibilidade de o crime ser um atentado de ódio contra um líder religioso que defendia os direitos da comunidade LGBTQ+ muçulmana. Ele afirmou: “Aguardo que os responsáveis sejam levados à justiça por esse ataque hediondo”.
Hendricks, conhecido como o primeiro imã gay do mundo, foi assassinado em uma emboscada. Ele estava em Gqeberha para oficiar casamentos inter-religiosos e não para realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, como inicialmente se pensou. Ao longo de sua vida, ele enfrentou críticas e ameaças de morte por parte de elementos radicais conservadores dentro de sua comunidade.
A morte de Hendricks foi amplamente condenada por grupos e líderes LGBTQ+ na África do Sul, assim como por organizações muçulmanas. O presidente Ramaphosa já havia assinado uma lei de crimes de ódio e discurso de ódio em 2024, que visa proteger indivíduos contra crimes motivados por preconceito, incluindo aqueles baseados na orientação sexual e identidade de gênero. A implementação da lei está prevista para ocorrer na primeira metade de 2025.
A polícia está solicitando que qualquer pessoa com informações sobre o assassinato de Hendricks se apresente anonimamente. Embora o funeral já tenha ocorrido, um evento memorial em homenagem à sua vida e contribuições será anunciado em breve. Este trágico incidente destaca a necessidade urgente de proteção e respeito pelos direitos da comunidade LGBTQ+ e reafirma a luta contínua contra a violência motivada pelo ódio.
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