Em um ato de homenagem e protesto, centenas de sul-africanos se reuniram no dia 1º de março de 2025, durante a marcha do orgulho em Cape Town, para prestar tributo ao Imam Muhsin Hendricks, o primeiro imam abertamente gay do mundo, que foi brutalmente assassinado há duas semanas. A comunidade LGBTQIA+ local está exigindo justiça e uma investigação transparente sobre o que muitos acreditam ser um crime de ódio.
Muhsin Hendricks, que fez seu coming out em 1996, liderava uma fundação e uma mesquita que acolhiam muçulmanos marginalizados. Durante a marcha, participantes exibiram cartazes com a imagem do imam e o hashtag “#JUSTICEFORMUHSIN”, clamando por respostas e responsabilização.
Duas semanas após seu assassinato em plena luz do dia, ainda não houve prisões, e a situação gerou indignação tanto entre os cidadãos quanto entre organizações que defendem os direitos da comunidade LGBTQIA+. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, expressou sua preocupação e a possibilidade de que o crime tenha sido motivado por preconceito. As autoridades policiais ainda não confirmaram os detalhes, mas a pressão para que uma investigação rápida e eficiente seja realizada é crescente.
Apesar de a África do Sul ser reconhecida como um dos países mais progressistas do continente em termos de direitos LGBTQIA+, sendo o primeiro a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2006, a comunidade ainda enfrenta discriminação e preconceitos persistentes. A tragédia que cercou a morte de Hendricks destaca a necessidade urgente de proteção e respeito aos direitos da comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo.
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