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“Assassinato do Primeiro Imã Abertamente Gay do Mundo Levanta Questões Sobre Segurança e Aceitação na Comunidade LGBTQ+ na África do Sul”

"Assassinato do Primeiro Imã Abertamente Gay do Mundo Levanta Questões Sobre Segurança e Aceitação na Comunidade LGBTQ+ na África do Sul"

"Assassinato do Primeiro Imã Abertamente Gay do Mundo Levanta Questões Sobre Segurança e Aceitação na Comunidade LGBTQ+ na África do Sul"

Muhsin Hendricks, amplamente reconhecido como o primeiro imã abertamente gay do mundo, foi tragicamente assassinado perto da cidade de Gqeberha, na África do Sul, em um incidente que está gerando grande comoção na comunidade LGBTQ+. Hendricks, que dirigia uma mesquita dedicada a ser um refúgio seguro para muçulmanos gays e outras pessoas marginalizadas, foi atacado enquanto estava em um carro com outra pessoa. De acordo com relatos da polícia, um veículo bloqueou a saída do carro de Hendricks, e dois homens encapuzados saíram do veículo, disparando múltiplos tiros em direção a ele. Infelizmente, Hendricks, que estava sentado no banco de trás, não sobreviveu ao ataque.

As autoridades ainda não determinaram o motivo do assassinato, e a polícia está incentivando qualquer pessoa com informações sobre o caso a se apresentar. A morte de Hendricks foi condenada pela International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA), que expressou choque e pediu uma investigação rigorosa, levantando a possibilidade de que o crime tenha sido motivado por ódio.

Ativo em várias organizações de defesa dos direitos LGBTQ+, Hendricks fez sua declaração de sexualidade em 1996 e, em 1998, começou a promover encontros para muçulmanos LGBTQ+ em sua cidade natal. Ele se lembrou de como começou a receber pessoas em sua garagem para conversas e momentos de confraternização, buscando criar um espaço acolhedor e sem julgamentos.

Em 2011, após ouvir um sermão local que condenava a homossexualidade, Hendricks decidiu fundar sua própria mesquita, a Al-Ghurbaah, localizada em Wynberg, nos arredores de Cape Town. Este espaço foi projetado para ser um ambiente onde muçulmanos queer e mulheres marginalizadas pudessem praticar sua fé sem medo de discriminação ou condenação. Ele foi protagonista de um documentário chamado ‘The Radical’, que destaca sua luta e os desafios enfrentados por aqueles que buscam ser autênticos em sua identidade dentro do contexto islâmico.

Hendricks, que também trabalhou como professor de árabe e designer de moda, era um defensor apaixonado dos direitos LGBTQ+ e se mostrou ciente dos riscos associados à sua posição. Apesar de ter recebido conselhos para contratar seguranças, ele sempre afirmou que sua autenticidade e a necessidade de ser verdadeiro consigo mesmo superavam seu medo de ataques. A morte dele não apenas marca uma perda significativa para a comunidade muçulmana LGBTQ+, mas também levanta questões urgentes sobre segurança e aceitação para indivíduos que desafiam normas tradicionais em sociedades conservadoras.

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