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“Assédio Religioso e Homofobia em Transporte Público: O Que Aconteceu Dentro de Um Ônibus em Campo Grande?”

"Assédio Religioso e Homofobia em Transporte Público: O Que Aconteceu Dentro de Um Ônibus em Campo Grande?"
"Assédio Religioso e Homofobia em Transporte Público: O Que Aconteceu Dentro de Um Ônibus em Campo Grande?"

Na manhã de 24 de janeiro de 2025, um jovem de 20 anos vivenciou um episódio alarmante de assédio religioso e homofobia dentro de um ônibus em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O jovem, que se identifica como homossexual, embarcou no Terminal General Osório, na linha 081, em direção à Praça Ary Coelho, quando um passageiro começou a fazer pregações em voz alta, expondo opiniões homofóbicas que deixaram os demais passageiros desconfortáveis. Segundo o relato do jovem, o homem, em tom agressivo, insistiu em “salvá-lo” de forma forçada, alegando que ele “estava com o diabo no corpo”.

O jovem descreveu a situação como opressiva, afirmando: “Ele gritava muito alto, mas não falava sobre Deus, apenas impunha suas opiniões como se fossem verdades absolutas, demonstrando um comportamento homofóbico e racista”. A tensão aumentou quando o pregador tentou impor suas crenças de maneira invasiva, colocando as mãos na cabeça do jovem e forçando-o a fechar os olhos. Em um momento de desespero e pressão, o jovem reagiu, dando um chute na barriga do agressor e, posteriormente, um soco, antes de deixar o ônibus.

Após o incidente, ele expressou sua indignação, acreditando que a escolha do pregador de atacá-lo estava diretamente relacionada à sua orientação sexual. “Ele me escolheu por ser gay. Essa situação foi extremamente humilhante e revoltante”, lamentou. O jovem ainda destacou que ouvir pregações em ônibus já é uma prática comum, mas a imposição de crenças de maneira agressiva é inaceitável.

“O problema não é falar sobre Deus, mas sim o preconceito e a imposição de crenças como se fossem a única verdade”, ressaltou. Apesar de não ter registrado imagens do ocorrido, ele considera fazer uma denúncia caso encontre o mesmo agressor novamente.

Casos de assédio religioso e homofobia como esse são mais frequentes do que se imagina, e muitos ficam sem denúncia por medo ou falta de provas. Especialistas enfatizam a importância de registrar essas ocorrências, uma vez que isso contribui para a luta contra esses crimes e a promoção do respeito às diferenças. A discussão sobre liberdade religiosa em confronto com o respeito à diversidade é uma questão crucial na atualidade, especialmente em tempos de luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.

Fique atento e denuncie situações de assédio religioso e homofobia. O respeito e a dignidade são direitos de todos, e é fundamental que a sociedade se una contra qualquer forma de intolerância e violência.

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