O jogador de vôlei Michael, que em 2011 denunciou as ofensas homofóbicas de torcedores do Cruzeiro, declarou que passou a ser mais feliz depois de sair do armário. Tanto que ele diz ao site UOL que não sofreu mais preconceito depois que o time mineiro foi punido.
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Aos 31 anos, ele joga atualmente no Vôlei Brasil Kirin, de Campinas, e afirma: "No meu caso e no do Aranha (goleiro do Santos, chamado de macaco por torcedores gremistas), o fato de termos apontado quem fez os insultos foi bom. Faz as pessoas pensarem três vezes antes de fazer algo. Tem de ter punição".
Michael afirma que, apesar de revelar ser gay ao público mais tarde, ele contou à mãe que é gay aos 15 anos e garante que a aceitação familiar foi imediata, afinal a mãe também faz parte da comunidade LGBT. "Minha mãe é lésbica. Ela foi casada com uma mulher e hoje é solteira. Foi muito fácil. Minha mãe sempre viu que eu tive um jeito mais delicado. Quem contou para ela foi um amigo meu. Ela só alertou para ter cuidado com preconceitos, mas disse que estaria sempre ao meu lado para me apoiar".
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Na entrevista, Michael revela que chegou a rejeitar convites de grupos LGBT e disse que a melhor maneira de combater o preconceito é jogando. O atleta também diz que, tanta dedicação, o impediu de namorar. "Eu nunca namorei, só fiquei. Tenho uma rotinha muito puxada e sempre pensei muito em trabalho. Eu também não encontrei a pessoa certa para namorar, conviver direito. É triste viver a vida toda sozinho".
Ao comentar sobre o sonho de chegar à seleção brasileira, ele frisa: "Somos que somos atletas sempre pensamos em seleção. A seleção é fruto de seu trabalho no clube. Primeiro tenho de pensar aqui e abrir possibilidades. Sempre tento o melhor para buscar a seleção. Quem sabe?".