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Ataque homofóbico em Uber deixa homem ferido e polícia ignora caso

Vítima de agressão com faca relata descaso da polícia de Phoenix, EUA, e ausência de proteção LGBTQIA+
Ataque homofóbico em Uber deixa homem ferido e polícia ignora caso

Vítima de agressão com faca relata descaso da polícia de Phoenix, EUA, e ausência de proteção LGBTQIA+

Em uma triste demonstração do preconceito ainda latente, um homem que frequentava um clube LGBTQIA+ latino em Phoenix, Arizona, foi vítima de um ataque homofóbico brutal após embarcar em um Uber. Rene Almaraz e seus amigos foram insultados e agredidos pelo motorista, que usou um pequeno faca para ferir gravemente a vítima, deixando metade do seu rosto seriamente machucado.

O ataque e o silêncio da polícia

Na noite do incidente, que ocorreu em 5 de maio de 2024, o grupo estava em um ambiente acolhedor e festivo quando entrou no carro do motorista Arnold Lawton. Segundo relatos, Lawton proferiu insultos homofóbicos assim que os passageiros entraram no veículo e, enquanto eles conversavam usando gírias típicas da comunidade gay, aumentou propositalmente o volume da rádio estática, criando um clima hostil e agressivo.

Quando Rene confrontou o motorista e pediu para que ele os deixasse sair caso estivesse incomodado, Lawton reagiu violentamente, cortando o rosto de Rene com a faca ao deixarem o carro. A vítima ficou coberta de sangue com “metade do seu rosto descolado”, conforme descrição da polícia local.

Uma luta por justiça que não avança

Apesar da gravidade da agressão, a polícia de Phoenix demonstrou descaso com o caso. Rene procurou o Departamento de Polícia do Condado de Maricopa e até o FBI, mas foi recebido com respostas evasivas e falta de acompanhamento. Apenas na noite do ataque houve uma primeira conversa, e só depois de insistir meses depois é que foi informado de que o caso estava com um detetive encarregado de possíveis crimes de ódio, embora o estado não possua leis que protejam explicitamente pessoas LGBTQIA+ contra tais crimes.

O Departamento de Polícia não manteve contato com Rene após o episódio inicial, mesmo com o envolvimento de unidades dedicadas à defesa das vítimas LGBTQIA+. Para piorar, a promotoria local decidiu não apresentar denúncia contra o agressor, alegando falta de provas e aceitando o argumento de legítima defesa apresentado por Lawton.

O impacto na comunidade LGBTQIA+

Rene, ainda abalado, expressa a frustração e o medo que essa situação gerou: “Não entendo como isso pode ser considerado legítima defesa. Eu estava desarmado, completamente vulnerável. Foi devastador, poderia ter perdido a vida”.

Ele também revela a sensação constante de insegurança que acomete muitos LGBTQIA+ em ambientes onde deveriam se sentir protegidos: “Não quero mais voltar a Arizona. Não me sinto seguro. Esse caso mostra as desigualdades no sistema de justiça para nós. Somos invisíveis, atacados, abandonados. Somos brutalizados pelo próprio sistema”.

Após o episódio, o departamento ainda removeu a página de contato LGBTQIA+ do seu site, um gesto que simboliza o retrocesso em um momento tão delicado.

Reflexões para a comunidade

Este caso reforça a necessidade urgente de políticas públicas que garantam proteção efetiva para pessoas LGBTQIA+, especialmente contra crimes motivados por ódio. A negligência das autoridades diante de agressões homofóbicas não só perpetua a violência como também mina a confiança da comunidade nos órgãos de segurança.

Para nós, que buscamos um mundo mais justo e acolhedor, é fundamental continuar denunciando, exigindo respeito e construindo redes de apoio que possam dar voz e força para todas as pessoas LGBTQIA+ que ainda enfrentam o medo e a violência por sua identidade.

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