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Ativista gay é assassinado em Honduras por se opor a governo golpista

Walter Tróchez, jovem ativista pelos direitos LGBT em Honduras, foi assassinado em Tegucigalpa. Dias antes ele havia sido ameaçado por quatro homens encapuzados que o sequestraram e queriam arrancar informações sobre o grupo que não reconhece o governo golpista. Walter conseguiu fugir e denunciar. Infelizmente, no último domingo foi assassinado a tiros.

A Plataforma dos Direitos Humanos, organização que reúne vários grupos que lutam pelos direitos humanos, tornou público um comunicado onde denuncia o assassinato e revelam grave preocupação com a vida dos ativistas hondurenhos que se opõem ao regime golpista liderado por Michelleti.

Segundo a denúncia da Plataforma, as pessoas que atacaram Tróchez días antes do seu assassinato, "são membros da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), que, dentro de uma pick up sem placa, espancaram Walter e queriam obter dele informações sobre pessoas que fazem parte da resistência contra o governo golpista. Com isso, o assassinato de Walter revela o quanto estamos desprotegidos", diz o comunicado.

O relatório divulgado pela organização tem conhecimento, desde que Honduras vive sob o golpe militar, de 41 mortes de ativistas. Da comunidade LGBT foram assassinados 16 ativistas. As organizações que compõem a Plataforma estão convocando os organismos internacionais para que façam uma investigação sobre os assassinatos ocorridos sob o regime ditatorial.

Honduras vive sob um regime golpista desde o golpe de Estado realizado em junho contra o presidente Manuel Zelaya, que atualmente está refugiado na Embaixada do Brasil em Honduras. O golpe teve apoio de setores da economia, do exército e de setores da igreja Católica. Recentemente o país realizou eleições com a desculpa de estabelecer o clima de paz e democracia no país. Os governos brasileiro, venezuelano, uruguaio, argentino e paraguaio consideram ilegal a eleição.

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