No último sábado, durante um protesto anti-Trump em Washington D.C., a ativista Greisa Martinez Rosas, uma imigrante indocumentada e defensora dos direitos LGBTQIA+, fez uma declaração poderosa que rapidamente se espalhou nas redes sociais. Em meio à multidão, ela se declarou ‘imigrante, indocumentada, sem medo, queer e sem vergonha’, destacando a interseção entre sua identidade como imigrante e sua orientação sexual. Greisa, que cresceu na área de Dallas após se mudar do México, é atualmente a diretora executiva da United We Dream, uma organização que representa mais de 400 mil jovens imigrantes.
A manifestação, parte de uma onda de protestos em todo o país contra as políticas de imigração do governo Trump, reuniu dezenas de milhares de pessoas. Os críticos do governo têm se oposto às recentes iniciativas que visam acelerar deportações e cortar recursos de agências federais, como a nova proposta do Departamento de Eficiência Governamental. A declaração de Greisa não só chamou a atenção pelo seu conteúdo, mas também pelo apoio que recebeu em meio a críticas intensas nas redes sociais. Algumas vozes, por exemplo, pediram sua deportação, enquanto outras sugeriram que sua declaração a colocaria no radar do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA).
Além disso, a situação destaca a luta contínua das comunidades LGBTQIA+ e imigrantes nos Estados Unidos. A visibilidade de Greisa Martinez Rosas e a forma como ela se apresenta ao mundo desafiam as narrativas tradicionais em torno da imigração e da identidade sexual, promovendo um espaço de aceitação e resistência. Com sua coragem em se expor publicamente, ela se torna uma figura emblemática na luta por direitos e reconhecimento tanto para imigrantes quanto para a comunidade queer, unindo essas causas em um contexto político cada vez mais polarizado.