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Ativistas dão sugestão pra novo Centro de Referência da Saúde do Homem

Capacitação das equipes, acompanhada de um programa que estimule a ida dos homens aos postos de saúde. Essa é a sugestão de José Araújo, diretor da AFXB (casa de convivência para crianças que vivem com HIV/Aids), para a eficácia do atendimento oferecido nos hospitais públicos e no futuro Centro de Referência da Saúde do Homem.

Na construção da unidade, anunciada pelo governador José Serra (PSDB) na terça-feira 07, o poder executivo paulista prevê gastar R$ 18,2 milhões. O centro, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira será inaugurado em 2008 e, quando finalizado, poderá realizar dois mil atendimentos por mês.

Ainda de acordo com a matéria do diário paulista, a unidade “terá um departamento de patologias da próstata, que será dividido em dois setores: diagnóstico e tratamento das DST, prostatites (infecções da próstata causadas por bactérias e vírus) e prevenção do HIV, HPV e tumores.”

Para que os setores de tratamento e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis funcionem, avalia Emilio Hugo Graeser, vice-presidente do Grupo de Apoio Amar É Viver (GAAVER), é necessário que o atendimento aos pacientes seja realizado nos moldes do que já acontece nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) espalhados pela capital paulista e no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT).

Embora avalie que “um trabalho direcionado a saúde do homem é muito importante”, José Araújo (AFXB) ressalta que o projeto precisa ser “acompanhado por outros tipos de campanha.”

“Precisa ter algo além do espaço”, diz. “O homem não chega ao serviço de saúde. Ele está sempre distante do serviço de saúde”, afirma Araújo.

“Não é questão de espaço físico, o que nós não temos é uma equipe preparada para atender”, acredita José Araújo. “Não vejo isso com grande inovação. Não é esse espaço que vai fazer a diferença”, ressalta o diretor da AFXB.

“Eu torço”. A frase, de Emilio Hugo Graeser, se refere à expectativa que o ativista possui em relação ao futuro Centro de Referência da Saúde do Homem. A torcida é para que o atendimento prestado na unidade seja semelhante ao já oferecido pelos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e pelo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT) localizados na cidade de São Paulo.

Contudo, Graeser avalia que só será possível avaliar a qualidade do serviço quando o centro for inaugurado, o que deve acontecer em 2008.

“Acho interessante ter um hospital para homens. Pra mim, quanto mais melhor”, diz. “Se tiver um setor pra Aids e não funcionar, a gente vai brigar”, avisa Emilio Hugo Graeser. “Tomara que funcione, abre um precedente”, afirma o vice-presidente do Grupo de Apoio Amar É Viver.

*Texto publicado sob autorização da Agência de Notícias da Aids

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