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Ativistas de São João Del Rey realizam ato contra a homofobia; veja fotos

Foi realizado entre os dias 4 e 7 de agosto, na cidade de São João Del Rey (MG), o 1º Encontro Sudeste de Jovens Gays, que teve como foco a questão de políticas públicas para deter o crescimento do HIV/Aids entre jovens. Pesquisas recentes apontam esta parcela da sociedade como a mais vulnerável.

O encontro, que foi organizado pelo Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV), reuniu cerca de 80 jovens dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

HIV e Juventude
O evento realizou duas mesas que trataram de explicitar os trabalhos realizados no município de São João Del Rey e também no Estado de Minas Gerais. Vânia Gouveia falou sobre o Programa Municipal de DST/Aids de São João Del Rey. A enfermeira apresentou dados com os perfis de pessoas infectadas pelo vírus. Também relatou casos de pacientes que abandonam o tratamento e até casos de pessoas que não querem se medicar após descobrirem serem portadoras do vírus.

Sobre o programa estadual, quem discursou foi Fernanda Junqueira, que além de apresentar dados do combate ao HIV no estado de Minas, falou a respeito do programa "Pode Crer" que, segundo Fernando, é todo "executado por jovens". A expectativa é que cerca de seis mil jovens, entre homossexuais e heterossexuais, participem do programa, que vai tratar de temas como prevenção, discriminação e outros assuntos ligados a juventude.

Rio Sem Homofobia
No terceiro dia do evento, uma das mesas mais interessantes foi a qual participou Cris Simões, que trabalha com a comunicação da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SUPERDIR) e revelou dados do programa e da campanha Rio Sem Homofobia.

Segundo Simões, desde que o programa entrou em execução já foram registrados mais de 970 registros de casos de homofobia – desde agressões verbais a físicas; os centros de combate a homofobia já receberam mais de 1500 atendimentos; 3200 ligações com denucias de homofobia é o número registrado até o momento pelo Disk Denúncia.

Fique Sabendo
Após a realização das mesas, os grupos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro se dividiram por estado para debater propostas a serem encaminhadas. Um dos temas que mais causou polêmica foi a respeito da realização de testagem rápida (programa Fique Sabendo) durante as Paradas Gays, tema que foi refutado por unanimidade.

Ainda na questão do "Fique Sabendo", outra polêmica surgiu: os ativistas do Rio de Janeiro propuseram que as Ongs fossem capacitadas para realizar testes de HIV.  No entender dos militantes, muita gente não se sente bem em fazer exames em CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), sendo assim, seria interessante disseminar a experiência da Ong Arco-Íris, que desde o ano passado realiza testes rápidos de HIV em sua sede.

Porém, boa parte dos presentes entendeu que muitas Ongs ainda não têm condições de realizar tal tarefa, visto que a demanda exige um espaço isolado e profissionais da saúde. O consenso é de que a experiência da Ong carioca seja estudada e disseminada pelo Brasil antes de ser copiada por outros grupos.

Após a aprovação das propostas, os jovens ativistas elaboraram uma carta do encontro, que pode ser lida na íntegra aqui.

Marcha contra a homofobia
Durante o evento, ativistas realizaram um ato público em defesa dos direitos humanos e da juventude LGBT no centro de São João Del Rey. Os manifestantes caminharam até a porta da prefeitura e pediram pela aplicação de políticas públicas, para que se detenha o avanço da homofobia na cidade.

A seguir, veja vídeos e fotos da manifestação e do evento.

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