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Ativistas gays criticam declaração do Vaticano sobre pedofilia

As declarações do Vaticano por parte do cardeal Tarcisio Bertone de que casos de pedofilia na Igreja seriam relacionadas a homossexualidade e não ao celibato, revoltaram ativistas gays de todo mundo.

Um porta voz do grupo Stonewall disse que é surpreendente que os homossexuais "ainda tenham que lidiar com um mito tão ofensivo". Em Roma, o presidente do grupo de defesa dos direitos gay Gaylib, Enrico Oliari, declarou que é "preocupante que o ministro das Relações Exteriores de um Estado que ocupa o centro da capital italiana use argumentos ultrapassados até no terceiro mundo".

Aurelio Mancuso, ex-presidente da associação gay italiana Arcigay, também se manifestou. "A verdade é que Bertone está, de forma atrapalhada, tentando desviar a atenção para a homossexualidade dos crimes contra crianças que emergem diariamente".

Aqui no Brasil, a ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – divulgou nota em protesto as declarações, e espera que o cardeal "tenha o mínimo de respeito para as famílias das crianças abusadas por padres e bispos da Igreja Católica, e que, ao invés de jogar a culpa de seus escândalos para a comunidade homossexual, reflita sobre o passado e o mal que historicamente a Igreja tem feito aos negros, deficientes, mulheres, judeus, ciganos, homossexuais e crianças e adolescentes em todo o mundo".

Ainda em nota, a ABGLT questiona: "Será que futuramente a Igreja vai pedir perdão também aos homossexuais por mais este erro que está cometendo agora?"

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