Ativistas do movimento LGBT do Chile e pessoas que foram vitimas de homofobia se acorrentaram ontem (15/12) nos portões da sede do partido União Democrata Independente (UDI) para se manifestarem contra os parlamentares contrários ao artigo da Lei Federal Anti-Discriminação, que visa criminalizar a homofobia no país. Após a manifestação, todos foram presos. Os senadores contrários ao projeto alegam que o referido artigo não irá beneficiar de verdade as minorias sexuais.
O protesto teve inicio às 12h. Nesse momento, Rolando Jímenes (Movilh), junto do ativista Eduardo Ubilla, e o ex-funcionário da polícia civil, Cesar Contreras (afastado por conta de sua orientação sexual) e a transexual Claudia Espinoza se acorrentaram na sede da UDI. A intenção deles era chamar atenção o quanto a comunidade LGBT ainda sofre com a homofobia.
Além do policial, que foi expulso da coorporação, e move processo para que seja reincorporado, a transexual Claudia foi impedida de trabalhar por conta de sua aparência e também por sua orientação sexual.
Os manifestantes disseram que por mais de um ano mantiveram diálogo com os legisladores da UDI a respeito da importância do PL para os LGBT, para tanto, exemplificaram vários casos de homofobia ocorridas no Chile, entre eles, casos fatais. Porém, segundo os ativistas, o diálogo foi em vão. Entre os senadores que estão tentando barrar o artigo estão Jorge Arancibia, Andrés Chadwick e Hernán Larraín, todos da União Democrática Independente.
"Somos pessoas de carne e osso e estamos sofrendo e sem trabalho apenas por sermos diferentes. Queremos chamar a atenção da UDI sobre isso, para que eles entendam o quão importante é que todos sejam beneficiados pela lei antidiscriminatória. É imoral aprovar uma lei que visa combater a discriminação e marginalizar uma minoria", disseram Contreras e Espinoza.
Mesmo com o ato na sede do partido, os parlamentares ou filiados não fizeram qualquer tipo de contato com os manifestantes. Estes, foram presos e encaminhados para a delegacia central, horas depois foram liberados.
Confira o vídeo da manifestação:
