Revelação do jornalista Sérgio Wesley fortalece laços familiares e desafia preconceitos religiosos
O ator Gabriel Stauffer, conhecido por seus papéis em produções nacionais como o remake de Pantanal e a série De Volta aos 15, abriu seu coração ao compartilhar uma jornada de transformação pessoal e familiar que toca profundamente a comunidade LGBTQIA+.
Filho do jornalista Sérgio Wesley, que se assumiu gay para a família após uma cirurgia de risco, Gabriel revelou que esse momento foi decisivo para que ele repensasse suas crenças religiosas e se afastasse da igreja que frequentava desde a infância, a Igreja Presbiteriana em Curitiba, Paraná.
Entre fé e amor incondicional
“Foi um choque, mas também um alívio e uma demonstração de coragem do meu pai”, conta o ator. Para Gabriel, a revelação fez com que ele questionasse as contradições do discurso religioso que rejeita pessoas LGBTQIA+. “Como um Deus poderia condenar meu pai ao inferno? Não consigo acreditar em uma espiritualidade que não acolhe o amor em todas as suas formas.”
Este processo levou Gabriel a uma ruptura com a instituição religiosa, porém não com sua espiritualidade, que hoje é uma busca individual, livre de dogmas e de preconceitos. Ele destaca que amar seu pai do jeito que ele é, assim como sua mãe, irmã e sobrinhos, é o que realmente importa.
Um novo capítulo na arte e na vida
A história da família Stauffer-Wesley está sendo transformada em arte: Gabriel prepara um monólogo e um livro que prometem inspirar e dar voz a muitas outras pessoas que enfrentam dilemas semelhantes. A relação entre pai e filho, fortalecida por esse momento de sinceridade e aceitação, é hoje mais unida do que nunca, e inclui também o atual parceiro de Sérgio.
Para a equipe do acapa.com.br, que celebra as conquistas e desafios da comunidade LGBTQIA+, a trajetória de Gabriel evidencia como o amor e a coragem para ser quem se é, mesmo diante de preconceitos arraigados, são fundamentais para a construção de uma sociedade mais inclusiva e humana.
Essa história nos lembra que a espiritualidade pode ser um caminho de conexão e cura, longe de julgamentos, e que o apoio familiar é uma força poderosa para o empoderamento LGBTQIA+.