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Ator Zachary Quinto se assume gay por uma causa nobre

O ator americano Zachary Quinto, que interpretou o vilão Sylar na série "Heroes" e Spok no último filme da saga "Star Trek", se assumiu gay em entrevista para a "New York Magazine".

A saída do armário se deu enquanto falava sobre a sua adaptação para a Broadway de "Angels in América", musical que fala sobre a propagação da AIDS.  "Como um gay, a peça me fez sentir como ainda tem muita coisa para ser feita. Ainda há muita coisa para ser vista e tratada. A corrente do medo ainda existe. Isto ainda está ao nosso redor".

Na entrevista, o ator fala do adolescente gay Jamey Rodemeyer, que se suicidou por não aguentar o bullying que sofria. "Você tem a legalização do casamento gay em Nova York e três meses depois você tem Jamey Rodemeyer se suicidando. Outro adolescente gay que foi intimidado e tirou sua própria vida", disse o ator.

Após a entrevista, Zachary publicou um texto no seu blog onde revela que o motivo da sua saída no armário foi justamente a morte de Jamey Rodemeyer. O ator considera que o fato dele se assumir, sendo uma pessoa pública, pode contribuir de forma mais efetiva no combate ao preconceito e dar apoio a jovens gays que se sentem desamparados. Abaixo você confere o texto escrito pelo ator na íntegra.

"Quando eu descobri que Jamey Rodemeyer se matou – eu me senti profundamente perturbado. Mas quando eu descobri que Jamey Rodemeyer tinha feito um vídeo antes de tirar sua própria vida – eu senti um desespero indescritível. Eu também fiz um vídeo para a campanha Its Get Better" ano passado – na sequência da trágica e sem sentido onda de suicídios de adolescentes gays que estavam varrendo a nação na época. Mas à luz da morte de Jamey – eu percebi em um instante que viver uma vida gay, sem reconhecer publicamente simplesmente não é suficiente para fazer qualquer contribuição significativa para o imenso trabalho que temos pela frente no caminho para a completa igualdade. Nossa sociedade precisa reconhecer o impulso irrefreável em direção a igualdade civil inequívoca para cada cidadão gay, lésbica, bissexuais e transgêneros do país. Crianças gays precisam parar de se matar, porque eles sentem-se inúteis pelo cruel e implacável bullying. Os pais precisam ensinar seus filhos os princípios de respeito e aceitação. Estamos testemunhando uma enorme mudança de consciência coletiva em todo o mundo. Estamos no precipício da grande transformação dentro de nossa cultura e do governo. Eu acredito no poder da intenção de mudar a paisagem da nossa sociedade – e é minha intenção de viver uma autêntica vida de compaixão, integridade e ação. A vida de Jamey Rodemeyer mudou a minha. E o fato de sua morte só me faz desejar que eu tivesse feito isso antes – eu sou eternamente grato a ele por ser o catalisador para a mudança dentro de mim. Agora eu só posso esperar para servir como catalisador para outros deste mundo. Que, eu acredito, é tudo o que podemos fazer de nós mesmos e uns dos outros".

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