Em um cenário alarmante, a comunidade LGBT de Los Cabos, México, está enfrentando um aumento significativo de casos de bullying nas escolas, especialmente em preparatórias. Coletivos dedicados à defesa da diversidade sexual estão se mobilizando para denunciar o acoso e a discriminação que estudantes LGBT enfrentam diariamente. Raúl Pérez, presidente da CODISEX Los Cabos AC, destacou a urgência de implementar programas de sensibilização nas instituições de ensino para combater essa problemática.
Dados da Coordenação Municipal de Direitos Humanos revelam que a maioria das queixas de bullying vem de escolas de nível médio superior, indicando um grave problema que afeta não apenas os alunos, mas também o ambiente escolar como um todo. Além de ataques verbais e físicos de colegas, há relatos de atitudes discriminatórias por parte de professores e funcionários, o que agrava ainda mais o quadro de violência.
Pérez enfatizou que as associações de defesa dos direitos LGBT enfrentam barreiras significativas para atuar nas escolas, devido à resistência de alguns diretores e educadores. “Muitas vezes, não temos acesso às instituições, o que dificulta nossa atuação e a proteção dos alunos. É essencial que todos os envolvidos, desde diretores até pais, compreendam que os regulamentos escolares não podem sobrepor as leis e tratados internacionais que o México ratificou”, afirmou.
Além disso, a CODISEX está promovendo a Lei de Identidade para Pessoas Trans e Não Binárias, que visa garantir que indivíduos possam alterar seu nome e gênero em documentos oficiais sem a necessidade de atingir a maioridade. Esta legislação é um passo importante, mas Pérez ressalta que é imprescindível que as escolas acompanhem esses avanços com políticas internas que promovam o respeito e a empatia.
Para abordar essa questão, a CODISEX está propondo a entrega de materiais educativos, bibliografia e recursos audiovisuais às escolas, com o objetivo de fomentar um ambiente que respeite a diversidade e promova o desenvolvimento integral de todas as crianças e adolescentes. O convite é para que diretores, educadores e pais se unam em prol de uma educação inclusiva, onde todos possam se sentir seguros e respeitados, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
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