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Aumento de Casos de Discriminação Homofóbica no Futebol Cearense em 2023: Um Olhar sobre os Dados e a Resposta das Torcidas

Em 2023, o estado do Ceará registrou um total de oito casos de discriminação homofóbica no futebol, de acordo com o Anuário 2024 do Observatório da LGBTfobia no Futebol, que foi divulgado recentemente. Este número representa um aumento significativo em comparação com o ano anterior, quando apenas três casos foram documentados. Os dados indicam que as torcidas cearenses foram responsáveis por 10% das 78 ocorrências de homofobia, racismo e xenofobia registradas em todo o Brasil no futebol.

Entre os episódios de discriminação, quatro foram associados à torcida do Ceará e quatro à do Fortaleza. O estado se destaca entre os três com mais casos, empatando com o Rio de Janeiro e ficando atrás de São Paulo, que registrou 21 casos. A maioria das manifestações homofóbicas ocorreu por meio de cânticos ofensivos nas arquibancadas. Um caso notável foi o do influenciador digital Gabriel Lima, torcedor do Ceará, que sofreu ataques nas redes sociais após publicar um vídeo celebrando uma vitória do time.

O aumento dos registros não necessariamente implica em um crescimento real da homofobia, mas pode indicar uma maior disposição para denunciar esses comportamentos. O relatório de 2023 revelou que a maior parte das infrações teve origem nas torcidas organizadas, que frequentemente são responsáveis tanto por ofensas como por serem vítimas de ataques. A presidente da Canarinhos LGBTQIA+, Onã Rudá, destacou a importância do posicionamento dos clubes em datas relevantes, como o Dia Internacional Contra a Homofobia e o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

Tanto Ceará quanto Fortaleza se manifestaram em suas redes sociais em ocasiões importantes, demonstrando um compromisso com a causa LGBTQIA+ que foi menos evidente em anos anteriores. Em 2022, o Ceará, por exemplo, não fez pronunciamentos em datas significativas para a comunidade. Essa mudança de postura é vista como um passo positivo na luta contra a homofobia no esporte.

O relatório ressalta a necessidade de maior vigilância e ações efetivas para combater a discriminação nas arquibancadas e nas redes sociais, uma vez que a luta contra a homofobia no futebol ainda é uma batalha em curso, com muitos desafios a serem enfrentados.

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