Assim como a maioria das coisas no Brasil, adotar uma criança é um processo bastante burocrático que requer tempo para conseguir, se conseguir.
Cansada de ver o filho, Victor Oliveira, e seu parceiro, Roberto Pereira, casados há três anos, tentarem adotar uma criança, Valéria Oliveira, de 52 anos, mãe de Victor, cedeu sua barriga para gerar Alice e Valentina, de 2 meses, filha do casal e sua neta.
A ideia, a princípio, causou certo incomodo para Roberto, por receio de que alguma complicação que pusesse a vida de Valéria em risco, principalmente por causa da idade. Entretanto, ela disse que "tinha vontade fazer isso por ele (Victor), para aumentar nossa família". "Queria muito ser avó".
A gravidez aconteceu por meio de fertilização in vitro, com óvulos de uma doadora anônima e espermatozoides do casal. Em maio de 2016, os embriões foram transferidos para o útero da voluntária. Quinze dias depois, veio a confirmação da gravidez.
"Foi uma felicidade, porque, para nós, a possibilidade de sermos pais biológicos era algo muito distante", diz Victor.
Valéria conta que, no início, seu irmão não compreendeu como ela "teria filhos do filho" e que na rua as pessoas comentavam: "Não me importava com o que as pessoas iam pensar", afirmou.
As gêmeas nasceram de 37 semanas, no dia 2 de fevereiro. Para celebrar o nascimento das filhas, os pais criaram um perfil no Instagram (@paisdegemeasfiv), e já conta mais de 13 mil seguidores. Eles alegam que o objetivo é "ajudar outros pais que tenham dúvidas sobre fertilização in vitro".
Com informações de O Globo
