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Baby Love reinventa musicais com drag e protagonismo trans

Com humor e coragem, Baby Love transforma clássicos em palcos queer e empodera artistas trans na cena teatral

Baby Love reinventa musicais com drag e protagonismo trans

Com humor e coragem, Baby Love transforma clássicos em palcos queer e empodera artistas trans na cena teatral

No coração pulsante do Brooklyn, em Nova York, surge Baby Love, uma diva drag trans que tem revolucionado o teatro com sua companhia Fagtasia, onde clássicos da Broadway ganham uma roupagem queer, cheia de humor, crítica social e representatividade. Mais do que um espetáculo, Fagtasia é um espaço seguro e inspirador para artistas queer e trans, que brilham em cada cena e desafiam os padrões do teatro tradicional.

Um novo olhar sobre os clássicos

Fagtasia é um projeto que reinventa musicais icônicos como “Hairslay” (paródia de Hair), “Tran-tom of the Opera” (Fantasma da Ópera), “Wickedt” (Wicked) e “She-cago” (Chicago), injetando camadas de narrativa queer e trans. Baby Love não apenas estrela, mas também escreve, dirige e produz essas obras, criando histórias frescas que ressignificam personagens amados, dando voz a temas e experiências que costumam ser ignorados no teatro convencional.

Protagonismo trans em cena

Mais do que entretenimento, Fagtasia é um manifesto cultural. Baby Love construiu um coletivo onde todos os envolvidos são artistas queer, com foco especial na presença e liderança de mulheres trans. “Na Broadway tradicional, nem sempre todos os envolvidos são queer. Aqui, a energia é toda nossa”, afirma. Essa comunidade acolhedora não apenas oferece visibilidade, mas também um ambiente de aprendizado, suporte e crescimento para talentos trans e não binários.

Superando barreiras com autenticidade

Baby Love sabe bem o que é ser excluída. Crescendo em Holmdel, Nova Jersey, em meio a uma família de contadores, ela se descobriu como uma artista queer e encontrou na drag uma forma de libertar sua verdadeira essência. Após uma experiência transformadora no campus universitário, onde interpretou Dr. Frank-N-Furter no Rocky Horror Picture Show, ela decidiu se lançar no mundo da arte e do drag, mesmo enfrentando resistência e falta de acolhimento nos clubes de Nova York.

Fagtasia: um chamado para o pertencimento

Com o lançamento de Fagtasia em 2022, Baby Love descobriu que sua tribo existia e estava ansiosa por um espaço verdadeiro e inclusivo. A estreia superlotou um bar gay, reunindo uma multidão diversa de queers, nerds e femmes, que encontraram ali um refúgio e uma celebração de suas identidades. A partir daí, o projeto só cresceu, usando recursos simples, como cartolinas e tecidos brilhantes, para criar cenários mágicos e cheios de personalidade.

Resistência e afirmação em tempos difíceis

Em meio a ataques aos direitos trans, Baby Love e Fagtasia levantam a bandeira da resistência com humor e coragem. Em “Hairslay”, por exemplo, ela satiriza discursos políticos que ameaçam a comunidade, usando o palco como espaço de denúncia e empoderamento. Para ela, a arte é uma arma poderosa contra a opressão e um convite para que todas as pessoas queer se reconheçam e se amem.

Um convite para ser e pertencer

Para quem está no caminho da autodescoberta e aceitação, Baby Love deixa um recado: priorize a segurança e a autenticidade. “Não se sinta pressionado a se apresentar de uma forma que não se sente confortável só porque a internet diz isso. Proteja-se e celebre seu verdadeiro eu no tempo e do jeito que for melhor para você.”

Baby Love prova que, com paixão, talento e luta, é possível construir espaços onde o amor-próprio e a representatividade florescem. Fagtasia é mais que um show: é uma família, uma revolução e um farol para a comunidade LGBTQIA+.

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