Jacques Audiard, o diretor do aclamado filme musical em língua espanhola “Emilia Pérez”, prestou uma homenagem à sua “querida” Karla Sofía Gascón durante a cerimônia do BAFTA 2025, realizada no Royal Festival Hall, em Londres. O filme, que foi premiado como Melhor Filme Não em Língua Inglesa, destacou-se entre os concorrentes e recebeu elogios pela sua narrativa envolvente e performances marcantes.
Durante seu discurso, que foi apresentado em francês e traduzido para o público, Audiard expressou sua gratidão a todos os artistas que contribuíram para a realização do filme. Ele mencionou com carinho os atores principais, incluindo Zoe Saldaña e Selena Gomez, mas fez questão de enfatizar sua admiração por Gascón, que não estava presente na cerimônia, mesmo após ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz por seu papel principal.
Karla Sofía Gascón se tornou a primeira mulher trans a receber uma indicação ao BAFTA, interpretando Emilia Pérez, uma ex-chefe de cartel mexicano que finge sua própria morte para passar por cirurgia de afirmação de gênero. Sua ausência na cerimônia foi notada, especialmente em meio à controvérsia que surgiu após a divulgação de tweets antigos, onde a atriz expressou opiniões consideradas ofensivas sobre o islamismo e fez críticas à diversidade promovida pelo Oscar.
Audiard, que já havia comentado sobre a situação delicada de Gascón, ressaltou que não desejava interferir em sua abordagem pessoal. Ele observou que a atriz estava em um caminho autodestrutivo e não compreendia por que ela continuava a se prejudicar e a afetar pessoas próximas a ela. A atriz não participou de eventos promocionais anteriores ao Oscar, aumentando as especulações sobre seu estado emocional.
Em um tom positivo, Zoe Saldaña também prestou homenagem a Gascón durante seu discurso de aceitação do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, falando sobre a importância de filmes como “Emilia Pérez” para transformar corações e desafiar mentalidades. Ela enfatizou que a arte deve sempre dar voz aos que precisam ser ouvidos, um lembrete poderoso em tempos de divisões sociais.
A jornada de Karla Sofía Gascón na indústria cinematográfica continua a ser uma fonte de inspiração e discussão, refletindo os desafios e triunfos enfrentados por artistas LGBTQ+ na busca por reconhecimento e aceitação em um mundo muitas vezes resistente ao progresso e à diversidade.
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