Três estudantes de Niterói (Rio) levam tão a sério o ódio contra os emos que até criaram uma banda de rock com o sugestivo nome de “Emofóbicos” (na foto ao lado, ensaio do grupo). Arthur, Luiz e Rodrigo, universitários em seus 20 e poucos anos, formaram o trio há cerca de três anos, inspirados na banda de João Gordo, “Ratos do Porão”. Se não bastassem os ataques virtuais – vídeos no Youtube que mostram emos apanhando na rua – e atos de violência explicita contra os garotos e garotas de franjas que adoram rock pesado com letras melosas pelas ruas das grandes cidades, a banda fluminense “Emofóbicos” canta o ódio contra a tribo em versos mui inspirados: “Chega de ouvir merda dos outros/ chega de falar de amor nessa porra / não quero viver os seus sentimentos / se você é corno a culpa não é minha.” Em entrevista à Folha Online, o baterista da banda, Rodrigo, 21, explica que “a presença deles simplesmente me incomoda”. Em relação ao modus vestire dos emos, ele ataca: “O pior mesmo é o jeito de se vestir deles. [Cinto de rebite] é um acessório tradicionalmente do rock, eles que pegaram depois”. Os três disseram ainda que o “combate” aos emos se restringe ao campo musical. Faz-se necessário falar sobre outro ponto já destacado aqui no A Capa semana passada: a perigosa relação que os emofóbicos têm criado entre emos e gays só tem ajudado a aumentar a homofobia. É isso: agora os gays roqueiros sofremos preconceito em dose dupla. Respeitem as franjas!