Silvetty Montilla é sem dúvida a personalidade gay mais conhecida do Brasil e não por acaso foi convidada pela Rede Globo para fazer uma participação especial no humorístico "Toma Lá, Dá Cá". O bar Queen preparou uma noite especial para que a fofa recebesse seus amigos para acompanhar o programa na noite de terça-feira, 14/4.
A diva chegou ao Queen por volta das 22h, junto com sua fiel companheira Ioio Vieira de Carvalho, e desmontada, bem a vontade, já que terça-feira é o único dia da semana que Silvetty não faz show, é seu dia de descanso. Os amigos começaram a chegar por volta das 22h30 e o bar ficou cheio. Não chegou ao intransitável que costuma ser às segundas, mas teve publico suficiente para encher a casa de maneira confortável.
Um telão instalado na parte superior do bar, onde são apresentados os shows, já transmitia a Globo deste o fim de "Caminho das Índias", mas no som, rolava uma música ambiente, que continuou assim até o fim do "Casseta e Planeta".
Ao começar o programa uma salva de palmas para Silvetty, de forma espontânea, emocionou os amigos e a própria. Mas ela só apareceu no segundo bloco, pouco depois do primeiro intervalo. Quando surgiu no vídeo o bar veio a baixo com uma nova salva de palmas e os gritos "Silveeeeeetty". Muito discreta, Silvetty acompanhou o programa de uma mesa do andar superior, ao fundo, junto com Salete Campari e Augusto Rossi, entre outros.
O programa
No episódio "Cada Vez Mais Pobres", Silvetty encarnou a Charuba Massad, que foi ao edifício Jambalaia noticiar o paradeiro de seu Ladir (interpretado por Ítalo Rossi), esposo da síndica, que se mudou para o Marrocos para virar Dirla e viver sua transexualidade reprimida. Italo deixou o seriado com o início da nova temporada.
Aos 18 minutos do programa a divertida empregada Bozena (Alessandra Maestrini) entra e fala "tem uma mulher estranha lá em casa, não consegui decifrar o nome dela, mas ela veio em traje típico". Pouco depois corta para a Silvetty que já começa falando o seu típico "nhaíííííí". Quando perguntada sobre o que estava fazendo ela disse "vim trazer o que Ladir deixou para trás".
"Charuba é o nome que passei a usar depois da operação, mas por enquanto uso meu nome de homem por causa da lei, mas sou Charuba 24 horas por dia". Segundo Charuba seu Ladir acabou não passando pela cirurgia de troca de sexo. A notícia recebeu um sonoro "eu sabia que ele era macho", da síndica truqueira Álvara (Stela Miranda).
Adônis (Daniel Torres) entra e fala "eu só tenho quinze anos, meus neurônios ainda não estão totalmente interligados e algumas coisas podem me marcar para sempre. Charuba é uma delas". O ator sai de cena e logo depois quando Charuba conta que seu nome de homem é Valdécio, a personagem lésbica Deise Coturno (Norma Bengell) reconhece que Charuba é seu primo, um fervo só.
No terceiro e último bloco a síndica promove uma homenagem a seu marido que se passa em uma boate gay. Rita (Marisa Orth) entra e brinca com seu esposo dizendo "já fui confundida até com travesti operado lá fora [no exterior]" e fala pencas de gírias gays como "tem aqué", "mona" e "babado". Na boate ainda rolou uma rápida aparição da carioca Isabelita dos Patins, de Kaica Sabatela. No fim do show o gatinho Tatálo (George Salima) se transforma em Tatala Davidson, para fugir de ser preso por não pagar pensão aos filhos gêmeos.
Silvetty, de fato
O bacana da participação de Silvetty no humorístico é que ela não foi engessada com um personagem pronto criado pelos roteiristas ou pelo diretor. Ela levou para televisão seu próprio personagem, representou a si mesma, incluindo ai suas gírias e tiradas únicas, como a clássica da perna mecânica. Só assistindo para imaginar!
Parte Chata
O programa foi um tanto politicamente incorreto, reforçando alguns esteriotipos com as travestis brigando, com uma lésbisca passando a mão na bunda de outra mulher e Celinha (Adriana Esteves) falando que o programa não consegue patrocínio porque o programa tinha "cenas como essa".
Assinantes da Globo.com podem ver o episódio na íntegra clicando aqui.
Veja trecho principal da participação da Silvetty.
