A mulher transgênero e negra Iyanna Dior foi espancada brutalmente por 30 homens no estado de Minnesota, nos EUA, o mesmo em que o homem negro George Floyd foi asfixiado até a morte por um policial – episódio que desencadeou uma onda de protestos contra o racismo ao redor do mundo.
O ataque foi registrado em um vídeo que logo viralizou nas redes sociais. “Obrigada a todos que estão entrando em contato e se certificando de que estou bem. Falo a respeito disso logo”, escreveu Dior em post no Facebook, rede social em que ela fez uma live comentando o ocorrido (veja abaixo).
No vídeo, que nós do A Capa não vamos compartilhar aqui, Dior é seguida por homens dentro de uma loja, onde elas a atacam; alguns usam termos LGBTfóbicos para ofendê-la, enquanto ninguém ao redor tenta impedir o ataque. O registro dá a entender que um acidente de carro teria dado início ao ataque.
“Um lado do meu rosto está literalmente dolorida, dói tanto. Na minha testa, tenho galos e arranhões”, disse. “A p… do meu braço está dolorida, dói muito. Preciso ir ao hospital. Meu dentes inferiores cortaram meus lábios por dentro. Muita merda aconteceu.”
A roteirista e diretora Janet Mock (Pose, The Politician), mulher trans e negra, se manifestou no Instagram a respeito do horrível episódio: “Mana. Eu lamento. Eu lamento tanto. Eles não precisavam ir atrás de você. Mas foram. Não há porra nenhuma de desculpa pela brutalidade deles, a perigosa ignorância deles, a masculinidade frágil deles. Essa merda está nos matando”.
“Se vidas negras importam, vidas de negros transgênero deveriam importar também”, complementou.
