O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT enviou na tarde desta terça-feira nota à imprensa, onde “repudia veementemente a postura não só de Marcelo Dourado, que em rede nacional disse que ‘quebraria o dedo de Angélica e a espancaria até deixá-la arriada no chão, caso o programa não fosse gravado’, como também do Jornal Meia Hora que reproduz a lesbofobia do ‘brother'”.
Em sua edição de hoje, o Jornal Meia Hora diz estar em parceria como uma rede de depilação e oferece tal serviço a Angélica, relacionando sua orientação sexual com os fenótipos masculinos (veja reprodução ao lado e abaixo).
Para a presidente do Grupo Arco-Íris, Gilza Rodrigues “a brincadeira é de péssimo gosto. Além de legitimar o preconceito, o jornal em questão demonstra sua total falta de respeito com a comunidade LGBT. Ao invés de cumprir sua função social de informação e utilidade pública, o veículo passa por cima de décadas de luta tanto do Movimento Feminista como do Movimento LGBT a fim de ampliar o número de vendas do periódico. Lamentável e preocupante! O Arco-Íris enviará o Manual de Comunicação LGBT para os editores do jornal”
Ferramenta para uma imprensa mais justa
Recentemente foi lançado o Manual de Comunicação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na V Conferência Regional ILGA LAC. O evento contou com a presença do representante do Escritório das Nações Unidas no Brasil para Aids (UNAIDS), Pedro Chequer e dos jornalistas que participaram da elaboração do manual.
Trata-se de um guia para dirimir as dúvidas da mídia e da sociedade em geral sobre identidades de gênero e diversidade sexual, numa linguagem simples, direta e acessível. O Manual se propõe a apoiar a integração entre a mídia e o movimento pela cidadania LGBT, para que as matérias, entrevistas, artigos e reportagens veiculadas na imprensa se pautem pelo respeito à diversidade e à justiça social. O documento traz uma série de definições de termos e conceitos, que muitas vezes são usados sem o conhecimento adequado, o que poderia acarretar um reforço nos estigmas, no preconceito e na discriminação.
Abaixo, você confere uma reprodução da página do jornal: