Foi anunciada nesse último domingo (3) a cura do vírus HIV de um bebê que estava infectado no estado do Mississipi, nos EUA.
A equipe médica tratou a criança com medicamentos antirretrovirais cerca de 30 horas após o seu nascimento, prática que normalmente não é usada. Hoje, a criança tem 2 anos e meio de idade e não toma o medicamento há cerca de um ano, sem sinais de infecção.
Segundo a equipe responsável, esse é o primeiro caso documentado de “cura funcional” de uma criança infectada pelo vírus da AIDS. Se o método funcionar em outros recém-nascidos, os médicos acreditam que o tratamento dado a bebês infectados pelas mães vai mudar em todo o mundo.
Para a virologista Deborah Persaud, coordenadora da pesquisa, a rápida administração do tratamento logo após o seu nascimento provavelmente levou a criança à cura.
“Esta é uma prova do conceito de que o HIV pode ser potencialmente curável em recém-nascidos. É a prova inicial de que podemos curar o HIV, se pudermos replicar o caso”, disse Deborah Persaud, professora do Centro da Criança Johns Hopkins.
Esse é o segundo caso de cura de um infectado no mundo. A primeira pessoa curada foi Timothy Brown, conhecido como o “paciente de Berlim”, um homem de meia idade com leucemia que recebeu um transplante de medula óssea de um doador geneticamente resistente à infecção do HIV.
O caso do bebê do Mississipi instiga a comunidade científica a desenvolver novos métodos de pesquisa para a descoberta de outras formas de cura da AIDS.