Leonel Camasão (PSOL), candidato à prefeitura da cidade de Joinville, em Santa Catarina, foi criticado pelo "Jornal da Cidade", publicação local, por mostrar em sua campanha um beijo gay. A cena em questão já tinha ido ao ar em 2010, durante o programa eleitoral, e gerado polêmica.
No entanto, desta vez, o editor chefe do "Jornal da Cidade", João Francisco da Silva, foi mais longe e afirmou em sua coluna que o beijo é "nojento" e tão "asqueroso quando defecar em público".
"Nojento aquele beijo gay exibido no programa eleitoral do Leonel Camasão, do PSOL. Tão asqueroso quanto alguém defecar em público ou assoar o nariz à mesa. Gostaria de saber qual a necessidade de exibir suas preferências sexuais em público? Para mim isso é tara, psicopatia. No mínimo falta de decoro. E a ‘figura’ quer ser prefeito e se diz jornalista", escreveu João Francisco.
Indignado com a postura do editor, Camasão e o PSOL entraram na justiça contra o jornal e a atitude homofóbica do jornalista. "Protocolamos o direito de resposta. Eu pessoalmente vou entrar por calúnia e difamação, porque ele não só faz a comparação, mas me faz ofensas pessoais e também por dano moral, por questionar minha formação de jornalista", declarou Camasão, que não pretende tirar a cena com o beijo gay de sua campanha.
José Francisco Silva, por sua vez, se defende afirmando que "não é contra gay e muito menos homofóbico", mas que o beijo gay "fere o senso estético". Em sua página no Facebook, o editor escreveu uma "carta aberta aos depravados ou obtusos" onde afirma que tem amigos homossexuais e que estes "manifestam seus afetos com discrição, serenidade, sem diminui-se na atitude agressiva da lascívia e da pornografia".
Para o candidato Camasão, as palavras do editor José Franciso não passam de uma barbaridade e tal atitude só mostra que o Congresso Nacional deve aprovar, o quanto antes, uma lei que criminalize a homofobia.
Abaixo, assista ao vídeo da campanha com o beijo gay.