Na próxima semana Belém do Pará deve receber cerca de 200 mil pessoas para o Fórum Social Mundial (FSM), que acontece de 27/01 a 01/02. Além dos pontos turísticos tradicionais, a Cidade das Mangueiras oferece vários locais para lésbicas e simpatizantes.
Para as visitantes, aqui estão algumas dicas básicas sobre os locais onde as mulheres que amam mulheres costumam frequentar. O bar Veneza destaca-se como o favorito das lésbicas, mas elas estão presentes em muitos outros locais.
Amnésia. Boate com vários ambientes, área aberta e dark room. Os gays são a maioria, mas tem muitos casais de mulheres por lá. Às quintas e sábados, música eletrônica, mas sexta-feira é dia de pop rock, MPB e bandas ao vivo. Quando abre aos domingos, à tarde, as meninas costumam ser maioria. Bem próxima à boate Malícia.
Travessa Quintino Bocaiúva, 522 – entre a Rua 28 de Setembro e a Rua Manoel Barata. Reduto. Tel: (91) 3083.5051.
Malícia. Os barmen atendendo só de sunga já são uma dica: a boate é gay. Batidão na pista e agarração no dark room, ou seja, programa masculino. Quem gosta de dançar vai se sentir à vontade, mas a fumaça atrapalha um pouco a diversão. As meninas são a minoria, mas vão. Funciona de quarta a sábado, a partir das 21h. Fica entre o Amnésia e a Luxe.
Tv. Rui Barbosa, 375 (entre 28 de Setembro e Manoel Barata). Tel.: (91) 3224-3955.
Boate Mystical. Os donos vendem a imagem de local LGBT e sadomaso, mas tem um clima de rave, muito frequentado pelos héteros. Pra quem curte música eletrônica. www.boatemystical.com.br. Fica próxima ao bar Mormaço.
Av. Almirante Tamandaré, 24, Cidade Velha – Tel. 3225-5513 | 3225-2519. Sextas e sábados às 22h30.
Luxe Club. A boate favorita das trans. Aliás, fica no bairro Reduto e bem próximo ao ponto de trottoir das travestis. A frequência lésbica é marcada pelas mais jovens, as que curtem música eletrônica e as que costumam andar sempre com o amigo gay à tira-colo. Eventualmente frequentada por héteros, a boate tem shows de drags e dark room.
Travessa Rui Barbosa, 174 – entre a Rua Municipalidade e a Travessa Gaspar Vianna. Tel: (91) 3222.1545.
D’O Pará. Bar com muitas mesas de sinuca. Os héteros são a imensa maioria (o bar é local de esquenta para a noite belenense), mas onde há sinuca as bolachas marcam presença constante. O lanche é bom e fica nas proximidades do Malícia, Luxe, Amnésia e dos melhores bares de Belém. Está quase sempre aberto.
Avenida Senador Lemos, 102, Umarizal. Tel: (91) 3224-8762.
Mormaço. Bar tipo palafita, sobre o rio Guamá. Excelente visual para fim de tarde, frequentado por quase todas as tribos da cidade. As bandas ao vivo se revezam tocando rock, reggae e carimbó. Já foi muito frequentado por usuários de maconha, mas agora a polícia marca em cima. As bolachas, as bi, a roqueiras e as modernas estão sempre por ali. O bar não é gay, mas os frequentadores simpatizam bastante. No domingo, a entrada é gratuita até as 16h. Fica ao lado do Mangal das Garças, um famoso ponto turístico da cidade.
Orla do rio Guamá, atrás da praça do Arsenal.
Praça da República. Aos domingos, pela manhã, acontece a feirinha de artesanato na Praça, que fica ainda mais agitada quando acontecem os arrastões do Boi Pavulagem (foto) ou shows de artistas locais. Assim como o Mormaço, o local não é gay, mas a frequência é simpatizante e as lésbicas estão por todos os lados.
A Praça da República fica na Avenida Presidente Vargas, no início da Avenida Nazaré.
Rainbow. Conhecida “bagaceira” GLS. Travestis, gays e lésbicas de todos os gêneros costumam lotar o local, que parece uma casa de veraneio, onde a churrasqueira virou bar e a edícula virou boate. O local é amplo, a frequência é 50% feminina e funciona somente aos domingos, a partir das 17h. A Rainbow fica a uns 15 km do centro de Belém, no caminho para o Distrito de Icoaraci.
Rodovia Augusto Montenegro, atrás da escola Pequeno Príncipe, no caminho para Icoaraci.
Bar Veneza. Reduto das lésbicas, aberto de quinta a domingo. A frequência parece ser controlada pelos altos preços praticados no lugar (a cerveja custa mais de cinco reais), mas o ambiente é o mais lésbico da cidade. A música ao vivo é de boa qualidade. Os gays também frequentam, mas as meninas são a maioria. De quinta a domingo.
Rua dos Mudurucus esquina com a Trav. 03 de maio – São Brás.
Outras dicas importantes para quem vai a Belém participar do FSM:
Repelente e guarda-chuva. Janeiro é época de muita água e carapanã (muriçoca);
Apesar das chuvas, use roupas leves e filtro solar. O calor é muito intenso na região;
Embora próximos do centro, os bairros onde estão as universidades que sediam o Fórum (UFRA e UFPA) são considerados zonas de alta periculosidade pela polícia. Evite andar desacompanhada;
Negociando com o motorista, uma corrida de táxi de qualquer um dos pontos citados para a UFRA ou UFPA pode variar de R$ 20 a 30;
As informações sobre o FSM estão no site http://www.fsm2009amazonia.org.br/.
* Mallika deLakme é belenense e autora do blog
http://bolacharecheada.wordpress.com.
