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“Benjamin Pavard e a polêmica do marcel: um reflexo das tensões sobre masculinidade e homofobia no futebol”

"Benjamin Pavard e a polêmica do marcel: um reflexo das tensões sobre masculinidade e homofobia no futebol"
"Benjamin Pavard e a polêmica do marcel: um reflexo das tensões sobre masculinidade e homofobia no futebol"

O mundo do futebol ainda enfrenta dificuldades em se adaptar às novas normas sociais, como demonstrado pelo recente episódio envolvendo Benjamin Pavard. O jogador foi alvo de críticas e comentários homofóbicos após publicar uma foto em que aparece usando um marcel, uma camiseta sem mangas decorada com um coração partido. Embora a imagem tenha sido tirada por um fotógrafo profissional e considerada esteticamente agradável, muitos fãs e jogadores não aceitaram bem a peça de vestuário, associando-a a estereótipos negativos sobre a masculinidade.

Historicamente, o marcel tem suas raízes no ambiente operário masculino, sendo utilizado por trabalhadores para permitir maior liberdade de movimento. No entanto, em 2025, a peça ainda é vista como ‘demodé’, ‘gay’ ou ‘não suficientemente viril’ por parte de alguns, revelando que as mentalidades ainda estão ancoradas em padrões ultrapassados.

Jogadores como Kylian Mbappé e Florian Thauvin, além de outros internautas, não hesitaram em zombar da escolha de Pavard, o que gerou uma onda de comentários homofóbicos. Um dos comentários mais notáveis foi feito por Lucas Hernandez, que usou um gif da série ‘Elite’, questionando a masculinidade do defensor.

A repercussão foi tamanha que o coletivo ‘Rouge Direct’, que defende os direitos LGBTQ+ no futebol, se manifestou, criticando a ampliação das ofensas homofóbicas e pedindo que a Federação Francesa de Futebol intervisse para garantir um ambiente mais respeitoso.

É crucial lembrar que o marcel não pertence a um único grupo sexual; todos deveriam ter a liberdade de usar o que desejam sem medo de represálias. O futebol, como muitas outras esferas sociais, precisa evoluir e abandonar os preconceitos que ainda persistem entre torcedores e jogadores. O caso de Pavard, embora negativo, pode ser um passo para uma discussão mais ampla sobre a inclusão e a aceitação no esporte, ajudando a quebrar barreiras e preconceitos, e permitindo que todos se sintam confortáveis em serem quem são, independentemente de sua orientação sexual.

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