Drag queen e músico, Beverly Rage mistura política e diversão na cena punk.
Beverly Rage é mais do que uma drag queen; ela é uma força vibrante que une a música punk à luta por direitos LGBTQIA+. Nascida em Cleveland, EUA, e agora radicada em Chicago, Beverly começou sua jornada musical no cenário DIY, onde a autenticidade e a rebeldia são fundamentais. Após mergulhar no universo do drag, ela descobriu uma conexão poderosa entre suas duas paixões, criando um espaço onde a arte e a ativismo se entrelaçam.
Desde a fundação da banda Bev Rage & the Drinks em 2015, Beverly tem sido uma pioneira no gênero, misturando letras que abordam questões sociais com a energia contagiante do garage pop. “Quando começamos, éramos vistos como uma banda de drag, quase como uma curiosidade”, conta. “Mas a evolução do nosso som e a profundidade das nossas letras mudaram isso. Agora, somos levados a sério, e isso é um grande passo.”
Um Novo Álbuns e Lançamentos
Atualmente, Beverly e sua banda estão em estúdio, trabalhando no terceiro álbum que será lançado em 2026, após o sucesso de Exes & Hexes de 2022. Em meio a isso, eles planejam lançar novos singles ainda neste verão, prometendo manter o público animado e engajado. A banda se apresenta em festivais importantes, como o Midsommarfest e o Chicago Pride Fest, onde a diversidade e a inclusão são celebradas.
Drag e Punk: Uma Combinação Poderosa
“Drag é punk rock”, afirma Beverly, que vê a arte drag como uma forma de resistência e expressão. “Ambos desafiam normas e celebram a individualidade. Quando subo ao palco, quero que as pessoas sintam que podem ser quem realmente são.” Com performances que misturam música e teatralidade, Beverly transforma cada show em um espaço seguro para a comunidade queer, onde todos são bem-vindos.
“A resposta do público é incrível”, diz ela. “Ver jovens queer se sentindo inspirados a se expressar é a maior recompensa. Experiências como essas são essenciais, especialmente em um mundo que muitas vezes tenta silenciar nossas vozes.”
A Importância da Representatividade
Para Beverly, ser uma figura de destaque na cena punk é uma responsabilidade. “Sinto que preciso usar minha música para abordar questões como a opressão e a luta por direitos. A arte deve provocar reflexão e ação.” Em um momento em que o ativismo é mais necessário do que nunca, Beverly acredita que a música pode ser um veículo poderoso para inspirar mudanças.
“Nossos shows são um espaço para liberar tensões, para dançar e para lutar. Em 2025, estamos focados em equilibrar a diversão e a mensagem política. Precisamos nos lembrar de que a alegria é uma forma de resistência”, enfatiza.
A Arte de Fazer Drag
Fazer drag não é apenas sobre a aparência; é uma complexa jornada de autodescoberta e expressão. “Quando estou em drag, me sinto poderosa. É como se cada parte da minha identidade se unisse em uma performance”, explica Beverly. “É um processo difícil, mas extremamente gratificante, e cada show é uma nova oportunidade de me conectar com o público.”
Com sua estética única e performances cativantes, Beverly continua a redefinir o que significa ser uma drag queen no cenário punk. Sua missão é clara: criar um espaço onde a diversidade é celebrada e todos podem ser autênticos.
Assim, em cada apresentação, Beverly Rage não apenas compartilha sua música, mas também uma mensagem de amor, aceitação e resistência. E com isso, ela continua a inspirar uma nova geração de músicos e artistas queer a se levantarem e fazerem suas vozes serem ouvidas.