Fãs defendem Beyoncé após críticas por sua reação ao tradicional Haka durante show na Nova Zelândia
Em um vídeo resgatado nas redes sociais, Beyoncé aparece surpreendida e reagindo com intensidade à tradicional dança Haka, durante uma apresentação em Auckland, Nova Zelândia, em 2013. A cena, que viralizou novamente, gerou debates apaixonados entre fãs e críticos sobre respeito cultural e apropriação.
A força da dança Haka e o momento de Beyoncé
A Haka é uma dança de guerra polinésia, tradicionalmente executada pelo povo Māori – indígenas da Nova Zelândia – para celebrar vitórias, demonstrar respeito e marcar cerimônias importantes. No vídeo, um grupo de homens, liderados pelo músico Stan Walker, realiza a dança para receber Beyoncé após seu show do “Mrs. Carter Show World Tour”. Com gritos, batidas no peito e expressões intensas, eles compartilham uma energia poderosa e ancestral.
Beyoncé, impressionada, retribui espelhando os gestos e fazendo a língua de fora, um movimento típico da Haka. Para muitos, esse gesto foi um sinal de reciprocidade e respeito mútuo, mostrando sua conexão com a cultura local. Para outros, a atitude foi interpretada como uma imitação insensível e até ofensiva.
Polêmica entre fãs e crítica cultural
Nas redes sociais, os comentários se dividiram. Alguns internautas classificaram a reação da cantora como “desrespeitosa” e “uma zombaria das tradições Māori”. Houve até quem dissesse que ela “estava agindo de forma branca”, numa crítica carregada de racismo e preconceito cultural.
Por outro lado, a leal Beyhive, comunidade de fãs de Beyoncé, saiu em sua defesa com veemência, ressaltando que a artista não fez nada além de refletir a energia dos anfitriões numa demonstração de admiração e respeito. “Não há apropriação cultural aqui, ela sentiu a força e o mana (poder espiritual) da dança”, escreveu um fã.
Stan Walker, que liderou a cerimônia, afirmou que Beyoncé ficou verdadeiramente surpresa e emocionada, recebendo a performance com muito respeito e reverência.
Um convite à reflexão para a comunidade LGBTQIA+
Esse episódio nos convida a pensar sobre os limites entre homenagem e apropriação, especialmente para nós que celebramos identidades diversas e a valorização das origens culturais. O diálogo aberto e respeitoso é fundamental para que possamos celebrar tradições sem reproduzir estereótipos ou desrespeito.
Beyoncé, como uma das maiores vozes negras e femininas do planeta, nos lembra que a troca cultural deve ser feita com consciência, reverência e empatia. A dança Haka, com sua força ancestral, representa não apenas uma tradição única da Nova Zelândia, mas também a potência da resistência e do orgulho indígena – temas caros à comunidade LGBTQIA+ em sua luta por reconhecimento e valorização.
Assim, esta história sobre Beyoncé e a dança Haka é muito mais do que um momento de performance: é um convite para fortalecer nossa conexão com a diversidade cultural e reforçar o respeito mútuo entre comunidades, valorizando a beleza das diferenças que nos enriquecem.