Beyoncé, uma das artistas mais premiadas da história do Grammy, mais uma vez se dirige à cerimônia com grandes expectativas. Seu álbum ‘Cowboy Carter’, que foi amplamente aclamado pela crítica, a coloca novamente como uma forte concorrente nas principais categorias, incluindo a de Álbum do Ano. Apesar de sua trajetória impressionante, Beyoncé nunca conquistou o Grammy de Álbum do Ano ou de Gravação do Ano. Isso levanta discussões sobre a relação da artista com o Grammy e os padrões de votação que frequentemente favorecem artistas de gêneros mais tradicionais, como pop e rock, muitas vezes em detrimento de artistas negros e suas colaborações criativas. A professora Birgitta Johnson, da Universidade da Carolina do Sul, comparou a possível vitória de Beyoncé ao impacto histórico da eleição de Barack Obama, destacando a importância de sua vitória para a representação racial na indústria musical. A disputa de Beyoncé pelo reconhecimento também reflete uma tendência mais ampla nas premiações, onde artistas que desafiam as normas de gênero e estilo frequentemente enfrentam resistência. Em um cenário onde a Grammy se esforça para promover diversidade e inclusão, a presença de Beyoncé é vista como crucial para validar esses esforços. Sua capacidade de transitar entre gêneros, como country, rap e pop, sem ser rotulada, reafirma sua posição como uma artista versátil e inovadora, capaz de moldar tendências e narrativas na música contemporânea.
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