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Beyoncé incorpora funk brasileiro na estreia da Cowboy Carter Tour

Queen B celebra a cultura brasileira com trecho de funk paulistano no show em Los Angeles

Beyoncé surpreendeu seus fãs na estreia da Cowboy Carter Tour, realizada no SoFi Stadium, em Los Angeles, ao incorporar um trecho de funk brasileiro durante a performance da faixa “SPAGHETTII”, do seu álbum mais recente, COWBOY CARTER (2024). O momento especial é um verdadeiro aceno à cultura musical do Brasil, fazendo o público brasileiro vibrar com a representatividade e conexão cultural da diva pop.

O funk paulistano que conquistou Beyoncé

Durante o show, Beyoncé e seu grupo de bailarinos executaram um trecho da música “Essa Tá Quente”, produzida pelo DJ Mimo Prod, um reconhecido produtor da Zona Leste de São Paulo. O refrão marcado por frases como “Essa tá quente, com a parada mais pra frente. Sai da frente, segura mas tá quente” ecoou no estádio, criando uma ponte entre o funk brasileiro e o universo do pop internacional.

Essa não é a primeira vez que Beyoncé dialoga com o funk brasileiro: a própria “SPAGHETTII” contém sample de “Aquecimento das Danadas”, do DJ carioca Mandrake, que transitou pela lendária Furacão 2000, produtora essencial para o desenvolvimento do funk e que revelou artistas como Anitta e Valesca Popozuda.

Cowboy Carter Tour: uma celebração das raízes negras e da música

O espetáculo de três horas da Cowboy Carter Tour contou com 36 músicas divididas em sete atos, mesclando hits consagrados e canções do novo álbum. Beyoncé ressignificou a estética country com fortes referências negras, homenageando pioneiras como Linda Martell, e reafirmando seu protagonismo não apenas ocupando espaços, mas expandindo-os.

Além da conexão com o público por meio da música, o show contou com participações emocionantes de suas filhas Blue e Rumi, que encantaram a plateia com sua presença durante as performances.

Impacto cultural e representatividade

Para a comunidade LGBTQIA+, a iniciativa de Beyoncé reforça a importância da diversidade cultural e da valorização de ritmos periféricos, como o funk, que carrega histórias de resistência e criatividade da juventude brasileira. A conexão entre a artista internacional e a cultura do funk paulistano é um marco de representatividade e mostra como a música é uma linguagem universal que ultrapassa fronteiras.

Este gesto de Beyoncé também é um convite para que mais artistas globais reconheçam e celebrem a riqueza da cultura brasileira, ampliando a visibilidade de sons e narrativas que merecem espaço e respeito no cenário mundial.

Assim, a estreia da Cowboy Carter Tour não foi apenas uma celebração musical, mas também um momento de identificação, pertencimento e orgulho para o público brasileiro e especialmente para a comunidade LGBTQIA+, que encontra no funk e na música negra um potente símbolo de expressão e resistência.

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