O cantor Biafra, conhecido por seu impacto na música brasileira dos anos 80, não hesitou em criticar a nova geração de artistas em uma recente entrevista ao jornalista Valmir Moratelli, da coluna Gente. Biafra, aos 67 anos, expressou sua preocupação com o que considera um ‘empobrecimento cultural’ na música atual, onde a busca por hits e viralizações na internet parece prevalecer sobre a qualidade sonora e lírica das canções. Segundo ele, muitos artistas se concentram mais em lançar uma grande quantidade de músicas do que em oferecer composições que realmente toquem o público.
Durante a conversa, Biafra questionou a relevância de artistas contemporâneos como Anitta, que, apesar de seu sucesso internacional, não teria deixado músicas que marcam gerações, ao contrário de ícones como Tom Jobim. Ele provocou: “Qual foi a música da Anitta que realmente te emocionou nos últimos cinco anos?” Para Biafra, a música de Jobim, lançada na década de 1960, ainda ressoa fortemente, enquanto ele expressou dúvidas sobre a durabilidade do sucesso de Anitta nas próximas décadas.
O músico enfatizou a necessidade de resgatar e promover um conteúdo musical que traga valor e significado, especialmente para os jovens. “É essencial que mostremos outro tipo de música, que inclua elementos da música erudita e que não se limite à cultura efêmera da internet. Precisamos nutrir um público que seja crítico e que busque algo mais profundo na arte”, concluiu Biafra, destacando a importância de uma educação musical que valorize a diversidade cultural no Brasil. Com suas declarações, ele se coloca como uma voz ativa na discussão sobre o futuro da música brasileira e seu impacto cultural.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes
