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Bichanos

Uma curiosa pesquisa norte-americana revelou que 90% dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros consideram seus animaizinhos de estimação como parte da família. O amor pelos bichinhos é tão grande que 64% dos entrevistados responderam que compraram para eles um presente de Natal.

Segundo a pesquisa, cerca de 71% dos adultos gays têm pets, contra 63% dos heterossexuais. O bicho de estimação preferido é o gato (63% contra 52% dos heterossexuais). Já os héteros preferem os cachorros (71% contra 63% dos gays).

“Os americanos têm uma reputação merecida de amantes dos animais, e nosso estudo mostrou que gays e lésbicas estão entre os mais fervorosos”, disse Wesley Combs, presidente da Witeck-Combs Communications, responsável pela pesquisa. “Todo mundo que me conhece e conhece meu parceiro Greg sabe que nosso Wheaten Terrier Chester faz parte da família”, acrescentou.

Para a médica veterinária Mayra Poitena, o que leva muitos gays e lésbicas a preferirem os gatos é a personalidade inconfundível desses bichichos. “A característica mais forte dos gatos é a independência. O gato já nasce com uma personalidade independente devido a sua história (animais selvagens e caçadores) e instintos, mas a característica física e de temperamento se perpetuaram mesmo depois de serem domesticados. Além disso, os gatos sempre são mal compreendidos porque, ao contrário do cachorro, ele é muito diferente de nós”, explica.

Na opinião da médica veterinária, as próprias características dos felinos – auto-suficientes, fortes, calmos, independentes, misteriosos – , geraram um sentimento de identidade e admiração por esses pets. “O gato é um animal que causa impacto, marca presença onde quer que esteja. Por isso, os donos dos gatos precisam ser bons observadores para conseguir compreendê-los”, acredita.

Rivais históricos, cães e gatos têm muitas diferenças entre eles, como explica a veterinária. “O cachorro (maior exemplo de animal de companhia), assim como o ser humano, é um animal gregário. O cão e o homem aprenderam a confiar na companhia do seu semelhante e a apreciá-la. O dono sorri e acena para ele, eles ficam atentos, abanam o rabo e vem correndo. Já os gatos não. eles recebem o chamado e respondem mais tarde”, esclarece a veterinária, que finaliza: “Como diz um ditado popular norte-americano: ‘Gato é gato, isso é um fato!'”.

Tem curiosidade em saber mais sobre a intrigante vida desses dois incríveis animais de estimação? A Dra. Mayra Poitena atende pelo e-mail mayrapoitena@hotmail.com.

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