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Bis gemina chorea

Por que a gente cisma em amar quem não ama a gente?

Essa inquietação, esse sentimento que estamos perdendo alguém muito importante por estarmos ligados a outra pessoa é natural do ser humano?

Quantas pessoas você conhece que estão com o “amor da sua vida”, com a sua “alma gêmea”?

Será que amar de verdade não significa paz?

Tudo o que não traz paz, é paixão. Paixão é visceral, não mede esforços, pode tudo, supera tudo.

Amor é calmaria. É saber que podemos contar com aquela pessoa, até debaixo d´água. É aceitar a limitação do outro sem julgá-lo, porque ele também aceita as nossas limitações.

É aprender com as diferenças e não tentar impôr as nossas próprias verdades. Porque as nossas verdades só são axiomas para nós mesmos.

Como julgar uma pessoa que rouba para comer, se eu nunca passei fome?

Não podemos (nem devemos) obrigar o outro a pensar como nós mesmos. Cada um foi criado em um mundo particular (nosso lar, ou pior, na falta dele) e trazemos nossos dogmas e crenças conosco. Confrontá-los ao invés de compreendê-los é condenar o relacionamento ao fracasso, sem direito de defesa ou pagamento de fiança.

Amar, incondicionalmente, é dizer com humildade e franqueza:

– Quem bom que somos diferentes, assim tenho a oportunidade de aprender e crescer com você.

Ame, sempre, até o último resquício de sentimento. Não deixe preso dentro de você esta força tão poderosa e transformadora.

Deixe a energia do amor fluir dentro de você, até que alcance o exterior e crie uma áura que emanará toda a sua Luz.

Permita que o próximo seja banhado por essa Luz, porque isso, minha amiga, é tudo o que podemos levar dessa vida.

Bis gemina chorea
lohannes ardebat Theresiam quae ardebat

Raymundum

qui ardebat Mariam quae ardebat loachim qui

.ardebat Lilim

quae ardebat neminem.

lohannes ad Status Foederatos fecit iter, Theresia

ad claustrum,

Raymundus fatali obiit casu, Maria vitam vixit virgo,

loachim propria se interfecit manu atque Lilim sibi

iunxit J. Pinto Fernandes

qui fabellam non ingressus fuerat.

(Uma pequena brincadeira com a poesia Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade)

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