A notícia de que a revista Zero, primeira publicação gay da Espanha, deixaria de ser editada causou alvoroço no mercado editorial do país nas últimas semanas.
Sites, blogs e fóruns de discussão chegaram a procurar os responsáveis pela revista para que dessem uma explicação. Em comunicado oficial, o publisher da Zero, Miguel Angel López, disse que “problemas internos” e a crise econômica atrasaram os últimos números da revista, que não circula desde julho.
Para a alegria dos leitores, a edição nº 120 da Zero está confirmada para chegar às bancas em meados de novembro. “Pedimos desculpas aos leitores e assinantes de Zero pelo prejuízo que possamos ter causado”, diz trecho do comunicado.
A Zero surgiu em 1998 como um jornal gratuito de informação para o público LGBT – oito meses depois, a revista começou a ser vendida em banca. Ficou conhecida – e respeitada – por escolher para suas capas personagens importantes da sociedade espanhola, como o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, que se converteu no primeiro mandatário a conceder uma entrevista para uma publicação gay.
Atualmente, a Zero tem mais de 132 mil leitores mensais e uma tiragem de cerca de 50 mil exemplares.
